Esgoto a céu aberto tira sossego de moradores na Coroa do Meio
Obras estruturantes devem resolver o problema até o final do ano, diz Emurb Cotidiano | Por Fernanda Araujo 09/01/2019 14h13 - Atualizado em 10/01/2019 09h38O esgoto a céu aberto tem provocado a intensa queixa de moradores do bairro Coroa do Meio, litoral da zona Sul de Aracaju. Apesar de ser uma região considerada privilegiada, com redes hoteleiras, restaurantes e casas de shows, parte do bairro ainda enfrenta problemas de infraestrutura, reclamação recorrente dos moradores.
Os problemas com o esgotamento sanitário existentes em algumas áreas, de acordo com os moradores, têm se agravado. Um esgoto entupido na rua Maria Pureza de Jesus, esquina com a Renato Fonseca, tira o sossego da comunidade.
Em uma das imagens cedidas pelo líder comunitário Edvaldo Santana, da Associação dos Moradores Ex-Palafitas da Coroa do Meio, as pessoas colocaram tábuas de madeira na calçada da residência para passar por cima do esgoto.
“O esgoto está quase invadindo as casas. A situação está terrível, antes era só um lado da rua, agora está nela completa. É um mau cheiro, as pessoas colocam barreira para que o esgoto não entre em casa”, conta.
O esgotamento sanitário foi construído na região em 2004, no governo Marcelo Déda, mas não chegou a pelo menos metade do bairro, segundo o líder comunitário, que procurou o Ministério Público e a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emurb).
Enquanto isso, medidas paliativas são realizadas, mas o problema voltou a ocorrer há mais de 15 dias. “Há cerca de um mês, a Promotoria de Serviços de Relevância Pública determinou que fossem realizados serviços no local, mas voltou o problema”, afirma Edvaldo Santana.
"Na minha casa não posso tomar um banho, não posso dar descarga que enche de fezes. O quintal está um fedor que ninguém suporta de esgoto. A situação na minha casa é uma das piores. Espero alguma providência porque a gente não aguenta mais", disse a moradora Helena.
Assim como a rua Maria Pureza, moradores da rua Construtor Genival Maciel também passam por pendências há três anos. O local fica próximo a um mangue que transborda com a chuva e leva água contaminada de esgoto para as ruas.
“Tem o fato de que alguns jogam lixo no mangue, mas precisa ser resolvido. O MP determinou a limpeza, a Emurb limpou, mas volta de novo. Além disso, a tubulação que existe joga no mangue dejeto de esgoto”, diz ele, que também faz parte dos conselhos municipal e local de saúde.
Uma equipe da Emurb deve ir ao local, segundo a assessoria, para verificar se o problema é na rede de drenagem para fazer a desobstrução. Caso seja na rede de esgoto a Deso será informada.
Obras
A Emurb afirma que todos esses problemas serão solucionados até o final do ano, com as obras estruturantes que já estão sendo realizadas no local. Cerca de R$ 28 milhões de órgãos financiadores foram destinados para a área e para o bairro Atalaia, também na zona Sul. O recurso deve contemplar quase 30 ruas com drenagem, pavimentação e complementação da urbanização das vias ainda sem saneamento básico.Ainda de acordo com a empresa, recursos para essas obras estavam assegurados desde a gestão passada de Edvaldo Nogueira, porém ficaram travados na última gestão por falta de prosseguimento das obras. Após novas negociações e readequação do projeto, os recursos foram garantidos e os serviços, divididos em duas etapas, retomados no ano passado. As obras priorizam fases mais complexas, como topografia, estudos de solo, implantação e interligação de drenagem e, por fim, a pavimentação.
A Emurb diz ainda que realiza serviços paliativos todas as vezes que é solicitada. Para isso, o morador deve entrar em contato pelo telefone 3179-1619.
Foto 2: Emurb
Atualizado para acréscimo de informações


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