"Estão desesperados para demitir a gente", diz líder dos PMs
Militares decidem pela permanência do movimento Tolerância Zero Cotidiano 26/01/2012 18h08Por Fernanda Araujo
Após deflagrarem o Movimento Tolerância Zero II, no último dia 14, policiais militares e bombeiros decidiram continuar o movimento que teve seu primeiro ato em 2009. Os militares continuarão com praticamente toda a frota da Polícia Militar paralisada. Segundo eles, as viaturas permanecem com seus licenciamentos vencidos. Os PMs também não trabalharão nas horas de folga nos eventos Projeto Verão e Carnaval. E só mudam a postura quando o governo definir a situação da carga horária e demais reivindicações.
Grande número de militares compareceram à assembleia na tarde desta quinta-feira (26), no Clube dos Oficiais, no bairro Farolândia, para avaliar o Pré-Caju. O movimento foi coordenado pelas Associações Unidas e pelo deputado estadual capitão Samuel (PSL). Estiveram presentes a Associação dos Militares de Sergipe (Amese), a Assocação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (ASPRA) e a Associação dos Oficiais da PM e Bombeiros (Assomise).
“Pela quantidade dos militares defendendo o movimento vai continuar sim. É um movimento eterno, não dá pàra fechar os olhos e dizer que existe segurança da forma precária que está. O próximo passo da categoria é reafirmar o compromisso de não trabalhar na sua folga, não comprar mais uniformes, não dirigir mais viaturas disregularizadas, somente depois de ter condições dignas. Vai perdurar até o governo criar vergonha e resolver os problemas”, analisou o presidente das Assomise, major Adriano Reis.
Sobre os atestados médicos dos militares que não trabalharam no Pré-Caju, os quais não foram aceitos pelo Comando da Polícia Militar, o major Adriano Reis afirma que esta foi mais uma arbitrariedade do estado. “Como é que você leva o atestado e não é reconhecido? Todo mundo tem direito, não é o estado que vai dizer quem estava doente ou não. A gente não tolera esse tipo de arbitrariedade”. Sob a alegação de que o número de atestados foi exorbitante, Adriano questiona. “Eles alegam que o número de atestado foi muito grande. Tem como você prever a pessoa ficar doente? Isso é uma questão de cada um. Agora se eles acham que houve um derrame de atestado então que apurem, nós queremos honestidade. Não apurar é um absurdo e nós não admitimos”, critica.
Segundo o major, 22 inquéritos militares foram instaurados para demitir a ele e aos presidentes das associações. “Foram 22 inquéritos contra nós presidentes de associações e não contente com isso, o estado de forma absurda instaurou conselhos para julgar a nossa condulta. A intenção é de nos demitir, simplesmente porque nós cansamos de dizer a sociedade que está tudo bem. Agora como foram desmascarados eles estão desesperados para demitir a gente. Possivelmente daqui a 30 dias eu serei um ex major da PM, mas com certeza eu terei justiça”.
Pedindo que outros oficiais adiram ao movimento, no próximo dia 14 de fevereiro a expectativa é que tenham aproximadamente a participação de três mil policiais militares.


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