Inclusão
Evento incentiva leitura e atividades culturais para pessoas com deficiência
3º Encontro da Rede de Leitura Inclusiva propõe atividades acessíveis em Aracaju
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 19/09/2018 13h30 - Atualizado em 19/09/2018 19h45

Se sentir incluído é um desafio constante na vida das pessoas com qualquer tipo de deficiência. Não apenas as dificuldades e a inacessibilidade no ir e vir, a ausência de políticas públicas que insiram esta população no meio cultural e educacional é considerada um dos principais problemas atuais no país.

Pensando nisso, um dia inteiro de oficinas, leituras e visitas é a proposta do 3º Encontro da Rede de Leitura Inclusiva de Sergipe, realizado em Aracaju nesta quarta-feira (19).

A atividade é uma iniciativa da Rede Brasileira da Fundação Dorina Nowill para Cegos e faz parte da Semana Aracaju Acessível, que acontece na capital sergipana, com o apoio de diversas instituições.

A ideia é levar pessoas com deficiências físicas a atividades acessíveis, como a leitura, declamação de poesias, rodada de conversas, contação de histórias, passeio de trilha sensorial, esportes e lançamento de livros em áudio, braile e ilustrado em libras. O evento acontece até às 16h no Mirante do bairro 13 de Julho, zona Sul da capital.

Com baixa visão desde os nove anos de idade, Railton Corrêa Gomes Júnior, presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe (Adevise), afirma que atualmente faltam ações que levem a pessoa com deficiência a ter acesso ao lazer, à cultura e ao turismo. Ferramentas como essas, segundo ele, são úteis para a inclusão.

“Faltam ações para que a pessoa esteja no meio dos outros sem se sentir diferente e, sim, participativo. A variedade das atividades é muito importante, geralmente a pessoa com deficiência não teria por falta de política pública, de acesso público aos locais e também pela falta de atitude dessas pessoas em buscar atividades. Com essa mobilização, as pessoas se sentem encorajadas a participar juntamente com a família”, acredita Railton Corrêa.

“A inclusão faz parte do movimento social em todos os sentidos. É através da leitura que começa a formação do leitor, a mudar a forma de encarar e pensar as coisas, ele se torna mais independente. A gente quer que as pessoas tenham independência, tanto física como na aquisição de conhecimento. Por isso, as bibliotecas estão se preparando para atender  em acervo e na capacitação de pessoal para atendimento”, ressalta Telma de Carvalho, representante da Rede em Sergipe e presidente da Associação Profissional dos Bibliotecários Documentalistas de Sergipe.

Para o vereador Lucas Aribé, essas atividades servem para incentivar a prática da leitura e mostrar espaços que possuem materiais acessíveis. “Às vezes a pessoa quer ler e não sabe onde encontra materiais acessíveis. É preciso fazer com que a leitura venha até as pessoas, que as bibliotecas, órgãos e instituições se aproximem da pessoa com deficiência, mostrando que é possível ler. O engajamento é fundamental porque não temos como lutar sozinhos”, completa Aribé, idealizador da Semana Aracaju Acessível.

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