Além de causar uma grande ressaca, o excesso de bebida alcoólica também é um dos principais fatores para problemas de saúde, envolvimento em brigas e tragédias no trânsito. Durante o Carnaval, as pessoas tendem a ficar bem animadas e o consumo do álcool aumenta, folia que pode se tornar em intensa dor de cabeça se cair no exagero.

No organismo, segundo o Ministério da Saúde, os efeitos tóxicos podem trazer sequelas irreversíveis à saúde física e mental, como levar ao vício. No calor do verão, em eventos festivos e baladas, a cervejinha gelada, o vinho e destilados estão entre as pedidas dos brasileiros. O problema é quando o uso passa a ser indiscriminado, fator que contribui para a perda de vida útil.

A OMS indica que cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem a cada ano no mundo pelo consumo excessivo do álcool. Médicos apontam que a presença de significativos teores de álcool na corrente sanguínea provoca a progressiva degeneração de órgãos como o cérebro, fígado e rins, efeitos que podem desencadear doenças severas como cirrose hepática e o câncer.

Especialistas em trânsito comprovam que o alcoolismo compromete também a atenção do condutor nas vias e é apontado como uma das principais causas de mortes e lesões por acidente. Na Operação Carnaval de 2018, em Sergipe, mais de 800 testes de alcoolemia foram realizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Desse total, 14 condutores foram flagrados dirigindo embriagados, e três deles foram conduzidos à delegacia.

E o uso é cada vez mais frequente entre os jovens. O Guia Prático de Orientação, lançado ano passado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), aponta que a ingestão precoce de álcool é a principal causa de morte de jovens de 15 a 24 anos no mundo. O consumo antes dos 16 aumenta o risco da dependência na fase adulta, além de causar sequelas neuroquímicas, emocionais, déficit de memória, perda de rendimento escolar, retardo no aprendizado e no desenvolvimento de habilidades, entre outros problemas. A venda a menores de idade é crime.

Para não abusar da bebida no Carnaval, a orientação é ingeri-la com alimentos. A associação do uso de bebida com baixa ingestão alimentar potencializa as manifestações orgânicas. Tenha atenção às bebidas refrescantes, como caipirinha e espumantes, pois elas criam ilusão que matam a sede. O álcool desidrata e causa a sensação de mais sede.

Outras dicas são beber muita água, chás gelados, limonada ou mate sem açúcar. Também é indicado consumir álcool quando estiver bem hidratado, para que a bebida seja usada apenas por prazer e sem excesso.     

*Com informações da Agência Brasil