Saúde
Falta de insulina causa complicações no tratamento de diabetes em Aracaju
Com demora na entrega da medicação, pacientes acabam desabastecidos
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 26/02/2019 10h25 - Atualizado em 26/02/2019 20h43

Vivenciando rotineiramente um problema que tem prejudicado quem necessita de insulina para seu tratamento diário, os pacientes de Aracaju relatam que não conseguem voltar para as suas casas com a medicação. Isso acontece, segundo a Secretaria de Estado da Saúdo (SES), pela demora na entrega do medicamento.

A insulina é um hormônio responsável pela redução da glicemia, ao promover a entrada de glicose nas células. Também essencial no metabolismo de sacarídeos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios, é produzida nas células beta das ilhotas de Langerhans, do pâncreas endócrino.

Desde o início de fevereiro a aposentada Isabel Santos tenta adquirir o remédio Ajax e não consegue. De acordo com a SES, o remédio está em falta e a previsão dada pela empresa para entrega é no dia 11 de março. Enquanto isso, os pacientes têm que “pegar emprestado com amigos, ou comprar a medicação Ajax, o que sai muito caro para um aposentado”, como afirmou a mulher.

“Desde que a minha insulina acabou e que eu não consegui pegar mais, fiquei tomando da normal, porque eu dependo da insulina para minha sobrevivência. Eu preciso realmente do que está em falta, como não tem e não posso gastar mais de R$ 90 em cada agulha, tomo da que encontro”, disse Isabel.

Os funcionários públicos Flávio Henrique e Wallace Santos estavam juntos no Case, aguardando a senha de chamada para pegar outro tipo de insulina, a Glargina, que também está em falta na unidade, segundo alguns pacientes.

Conforme afirmou Wallace ao portal F5 News, é comum ter essa falta de medicação, mas disse que nunca precisou comprar a insulina por sempre tentar pegar antecipadamente. “Caso não consiga hoje, vou ter que comprar, não consegui pegar antecipadamente e com essa superlotação, a situação deve se complicar”, afirmou.

Na manhã desta terça-feira (26), a unidade estava superlotada, de acordo com SES, osempre que é comum na última semana de cada mês. “Como a dispensação dos medicamentos é mensal, muitos usuários deixam para pegar no final do mês”, relatou a assessoria da SES.

Flávio Henrique estava no local pela primeira vez, ele buscava medicação para o pai, que necessita da insulina Glargina. “Temos que comprar uma medicação que custa em média R$ 140. A recepção informa uma coisa, a coordenação diz outra e no fim ficamos sem saber de nada, infelizmente”, disse.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) ainda informou que “recebeu na última sexta-feira, 22, um lote da Insulina Glargina que já foi liberada para os usuários”. A expectativa é de que a nova remessa seja entregue até a próxima quarta-feira, dia 27. Esse é o prazo para a entrega da insulina Detemir, também em falta.

Sobre a questão do pagamento, a Secretaria afirmou que está em dia e tem cobrado diariamente a entrega dos medicamentos ao Case.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

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