Por Sílvio Oliveira

Dois casos emblemáticos de violência envolvendo jovens, ocorrido nos últimos dias, têm prolongado a dor das vítimas por falta de médicos que façam o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Sergipe. Juliana Carvalho, 24, e Lilian Calis, 32, foram vítimas de violência no dia 17 de fevereiro em um evento de carnaval e só realizaram o exame 10 dias após. Wagner Brasil, 20, também se envolveu um uma confusão no último sábado ( 3), e até o momento não conseguiu realizar o exame de corpo de delito.

De acordo com Wagner Brasil, um dia depois do ocorrido, ou seja, no domingo (4) ele e familiares procuraram o IML para fazer o exame, mas foram informados que somente seria possível fazê-lo na segunda. “Procuramos o IML e disseram que não tinha médico. Fui hoje pela manhã, terça-feira (6) e tinha médico, mas quando cheguei ele estava saindo”, destacou, acrescentando que retornará ao órgão estadual nesta quarta-feira, no turno da tarde.

Os dois casos ganharam os noticiários da imprensa sergipana e caíram no mesmo histórico da falta de médicos legistas no IML. A equipe do Portal F5 News procurou saber se tinha um profissional disponível para fazer o exame, na tarde desta terça-feira(6), e foi informada que tinha, porém não existia mais senha disponível, já que são distribuídas 17 atendimentos no turno da manhã e a mesma quantidade no turno da tarde.

O radialista Teo Moreno, assessor de comunicação do IML, rechaça a informação e diz que o problema consiste na quantidade de atendimentos diários, já que, segundo ele, são distribuídas as senhas para 17 atendimentos a partir das 7h. “Tem que ver o horário que eles procuraram. No sábado e domingo não há atendimento. Tem que chegar cedo. Se eles chegaram tarde, talvez não tenha mais senha”, destacou.

O assessor ainda informou que há um crescente número de atendimentos por conta do elevado índice de acidentes envolvendo motos. Teo Moreno ainda explicou que, ao se envolver em acidentes de trânsito, os motoristas procuram o IML para fazer o exame, por ser necessário para dar entrada no seguro DPVAT.

O funcionário do IML que não quis se identificar ainda informou que há médicos todos os dias, e basta trazer a guia expressa pelo delegado ao registrar o Boletim de Ocorrência do fato e mais a Carteira de Identidade.

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