Famílias são orientadas a deixar ocupação por risco de desabamento
Defesa Civil recomenda demolição do prédio da antiga Clínica Santa Maria Cotidiano | Por Saullo Hipolito e Will Rodriguez 08/02/2019 10h00 - Atualizado em 08/02/2019 10h08Parte das famílias que ocupa a antiga clínica Santa Maria, no bairro Siqueira Campos, zona Oeste de Aracaju, foi retirada do prédio nesta sexta-feira (8). Após as fortes chuvas que atingiram a capital sergipana esta semana, a Defesa Civil recebeu denúncia de uma moradora da ocupação sobre o estado em que se encontrava o local e a possibilidade de um desastre. Atualmente, cerca de 125 famílias vivem no espaço.
As equipes da Defesa Civil constataram uma piora na estrutura do empreendimento e um risco iminente de desabamento. A administração municipal determinou a retirada imediata das famílias do local e disponibilizou um galpão que já serviu de abrigo para outras comunidades - a última, a ocupação ‘Anderson e Marielle vivem!’, da Coroa do Meio.
De acordo com o secretário da Defesa Social e da Cidadania, Luís Fernando Almeida (foto), muitas pessoas indicaram a vontade de sair do local, após o órgão apresentar o termo de interdição. “É uma medida preventiva, não podemos esperar que as coisas aconteçam. A determinação da prefeitura foi que colocasse um aparato à disposição para que essas pessoas não ficassem desabrigadas”, disse.
Além do galpão, que custará R$ 15 mil por mês, desde as oito horas desta sexta-feira, caminhões foram ao local para realizar a mudança de quem queira sair, além de ônibus para transporte das pessoas.Aqueles que resolverem ficar estão cientes, segundo o secretário, dos riscos e da proibição de viver no prédio. “Nós não temos força para retirá-las, muito menos ordem judicial”, afirmou Luis Fernando.
No local, muitos moradores resistiram à recomendação e disseram preferir montar barracos em outra área do terreno. Eles cobram o pagamento de auxílio-moradia para que possam alugar casas, uma medida considerada inviável neste momento pela Prefeitura.
“Vão fazer cinco anos que estou aqui e há pelo menos seis meses esse prédio está condenado pela Defesa Civil. Eles ofereceram um galpão que não tem nenhuma estrutura para abrigar 126 pessoas, além das crianças. A gente precisa de ajuda”, declarou a dona de casa Maria Edna de Oliveira Santos.
O proprietário do imóvel será notificado ainda nesta sexta-feira (8) para que realize a demolição do local em até 72 horas. A notificação também será encaminhada ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar, por haver mulheres grávidas.
Para Luís Fernando Almeida, a política de habitação tem uma dependência do Governo Federal. Mas nos últimos anos, essa área sofreu cortes nos investimentos e a paralisação do programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, mais recursos para superar o déficit habitacional do município dependem da melhora do cenário econômico.


Falta de acesso à habitação persiste e desafia efetivação da cidadania

Testagem ocorre a partir das 8h, na área externa da UBS Carlos Hardmam.

Os contratos terão duração de até um ano, com possibilidade de prorrogação

Homem foi flagrado pelas câmeras de segurança do Ciosp levando uma porta

Secretária Mércia Feitosa lembra necessidade de reduzir ocupação de leitos