Sergipe
Faroeste Caboclo: PC conclui investigações de homicídios e latrocínios
Operação encerra com 19 presos e apreensão de dinheiro, veículos, drogas e armas
Cotidiano 11/02/2021 09h55 - Atualizado em 11/02/2021 17h05

O resultado da Operação Faroeste Caboclo, deflagrada em conjunto pelas polícias Civil e Militar, foi de 19 prisões, além de três outros suspeitos que entraram em confronto com as forças de segurança pública durante o cumprimento de decisões judiciais decorrentes de sete meses de investigação na região das cidades de São Domingos, Macambira e Campo do Brito, totalizando 22 investigados localizados.

A ação policial, que teve a primeira fase deflagrada na última sexta-feira (5), teve como objetivo a desarticulação de um grupo criminoso que atuava no tráfico de drogas. A operação também resultou na apreensão de mais de R$ 23 mil, além de veículos, drogas e armas de fogo.

As investigações apontaram a venda das drogas em Itabaiana, Lagarto, Frei Paulo, Ribeirópolis e Nossa Senhora da Glória. A operação é fruto do trabalho conjunto entre as Delegacias de Campo do Brito, Macambira e São Domingos e da 1ª Companhia do 3º Batalhão de Polícia Militar (1ª Cia/3º BPM). O Grupamento Tático Aéreo (GTA) atuou com o objetivo de evitar fugas dos suspeitos ao cerco policial.

Ainda como resultado da operação, as polícias apreenderam dois carros, cinco motocicletas, mais de 20 celulares e dois tabletes. No tocante às drogas, a ação policial resultou na apreensão de 29 tabletes de substância semelhante à maconha, 36 papelotes de maconha, 34 pedras de crack, 105 gramas de crack, 27 pinos de cocaína, 750 gramas e porção ainda pura de cocaína. Já no que se refere às armas de fogo, as polícias apreenderam quatro armamentos. A ação também resultou na localização de cadernos com anotações suspeitas de serem registros do tráfico de drogas e insumos para a venda dos entorpecentes. 

Elucidação de mortes

Com a conclusão da Operação Faroeste Caboclo, foram finalizadas as investigações sobre três homicídios e dois latrocínios. O primeiro caso foi o da morte de Marco Almeida, no dia 3 de abril de 2020. A arma utilizada no crime foi um revólver calibre 38. A vítima foi encontrada morta no povoado Brito Velho, em Campo do Brito. Mais de R$ 1 mil foram levados da vítima. A investigação apontou para um latrocínio, tendo como suspeito apontado pela investida criminosa Fagner Antonio Lima Rosa, conhecido como “Vigia”. O investigado acabou sendo morto no dia 1º de fevereiro. 

A investigação de homicídio concluída com a operação da última sexta-feira, 5, foi a que apurou a morte de Elvis Andrade Souza, conhecido como “Cabelinho”, 24 anos. O crime ocorreu no dia 26 de novembro do ano passado. A arma do crime foi uma pistola calibre 40. Dois homens chegaram numa motocicleta e fizeram 13 disparos contra a vítima, sendo 11 na região da cabeça. Dias antes, os suspeitos fizeram ameaças à vítima em uma suposta cobrança relacionada ao tráfico de drogas.

O segundo caso de homicídio que teve a investigação concluída com a Operação Faroeste Caboclo foi o que vitimou Eliandro Freitas Limas, suspeito de participação na morte de Elvis Andrade Souza. O caso ocorreu no dia 25 de dezembro de 2020. A arma do crime foi uma pistola calibre 40, da qual foram feitos sete disparos. O corpo foi abandonado em um terreno ao fundo de um condomínio de casas no povoado Mulungu, em São Domingos. A investigação apontou que o homicídio foi decorrente da participação na morte de Elvis.

O terceiro homicídio com o procedimento investigativo concluído foi o de Fagner Antonio Lima Rosa, de 33 anos. O crime ocorreu no dia 1º de janeiro de 2021. Na investida, foram utilizadas duas pistolas, sendo uma de calibre 40 e outra 380, com mais de 30 disparos. Já no segundo caso de latrocínio, a vítima, Francisco de Lima, conhecido como “Chico da Batata”, foi morta no dia 2 de janeiro. A arma do crime foi uma pistola calibre 380. A vítima estava em uma rodovia, sentido Campo do Brito - Itabaiana, quando foi interceptada e atingida, capotando o carro em seguida. A vítima estava com R$ 1,3 mil. 

Investigação

Segundo o delegado Wilkson Vasco, a investigação obteve três vídeos com investigados ostentando armas de fogo. Em um deles, um investigado atira diversas vezes para o alto. O vídeo foi usado, por ele, a fim de confirmar a veracidade de suas ameaças e vingar a morte de um dos assassinados na luta pelo ponto de drogas. Devido ao forte combate às ações criminosas, realizado pelas polícias, Civil e Militar, o único local que ainda tinha uma criminalidade elevada nas três cidades era o conjunto Albano Franco, popularmente conhecido como “Serra”, em São Domingos.

Dezenas de denúncias apontaram que a “Serra” era um local onde organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas geravam temor à população, através de coação e extorsão, sempre com o uso de arma de fogo, assim como o grupo criminoso buscava dirimir conflitos dos moradores locais da forma como queriam, impedindo que os mesmos buscassem o devido apoio policial e consequente julgamento democrático pelo Poder Judiciário.

Fonte:SSP/SE

 

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