A preocupação de mães com seus filhos é evidente, elas se desdobram para o bem estar das suas crianças. Quando a questão é educação, pode ter certeza que a preocupação, em muitos casos, é redobrada. Foi por isso que a professora de Espanhol Helena Batista da Silva Bueno viu a necessidade de levantar a voz e cobrar da Prefeitura de Aracaju uma posição sobre uma escola municipal do bairro Suíssa.

A professora tem três filhas (6, 10 e 14 anos) e relatou ao F5 News, por meio das redes sociais, que muitas mães estão enfrentando dificuldades na região após a desativação da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão, localizada na rua Porto da Folha.

Segundo ela, após se mudar para a região, há dois anos, não encontrou vagas em escolas públicas próximas para matricular seus filhos e, afetada pela crise financeira dos últimos tempos, teve que vender bens materiais para garantir os estudos das crianças.

"Essa realidade é percebida por muitas das mães com quem converso constantemente. Aqui não tem ônibus para levar nossas crianças para escolas que são distantes e com essa desativação ficou complicado, quero chamar a atenção dos poderes responsáveis, não pode continuar assim", afirmou a professora.

A Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio de nota, informou que a paralisação definitiva das atividades da unidade de ensino ocorreu em novembro de 2018. Entretanto, a escola já havia deixado de atender à comunidade no ano anterior, em 2017.

A justificativa para a interrupção das atividades na escola é o baixo número de estudantes matriculados, em uma nova tentativa no ano de 2018. De acordo com a Secretaria Municipal da Educação (Semed), foram apenas oito. A pasta disse que o prédio está sendo recuperado e nele passará a funcionar parte da estrutura administrativa da Semed.

Confira a nota na íntegra:

A paralisação definitiva das atividades da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) General Freitas Brandão, situada na rua Porto da Folha, s/n, no bairro Suissa, ocorreu em novembro de 2018. Mas a escola já havia deixado de atender a comunidade desde 2017. Em 2018, inclusive, foram abertas as matrículas para a unidade e só oito alunos foram matriculados.

Outro ponto importante a lembrar é que nos últimos anos a maioria dos alunos atendida no Freitas era das comunidades do 17 de Março e do bairro Santa Maria. Com a inauguração de unidades naqueles bairros, não houve mais público para ser atendido no prédio do Freitas Brandão. Para os moradores do bairro Suissa, a opção mais próxima é a Emef Presidente Tancredo Neves, localizada no bairro Ponto Novo.

Também em 2018, a Secretaria Municipal da Educação (Semed) realizou um estudos técnico de viabilidade e uma análise conjuntural. No diagnóstico foi constatado que com a redução gradativa de matrículas na localidade nos últimos anos, mesmo após a realização de uma busca ativa, era inevitável a paralisação definitiva das atividades escolares da unidade. O prédio está sendo recuperado e nele passará a funcionar parte da estrutura administrativa da Semed.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.