Feirantes e vendedores ambulantes disputam o espaço da Orla de Atalaia
Cotidiano 28/02/2012 16h05

Por Fernanda Araujo

O espaço reservado aos feirantes da Orla de Atalaia está sendo disputado entre os vendedores ambulantes. Os associados da Associação da Feira de Artesanato e Variedades da Orla de Atalaia (Afavoa) e da Associação dos Vendedores dos Lagos da Orla e Praças de Evento da Praia de Atalaia (Avelopa) reclamam que os ambulantes estão tomando o espaço das calçadas e causando vários transtornos econômicos.

Realizada nesta terça-feira (28), a audiência com a promotora Ana Paula Machado no Ministério Público Estadual foi marcada pela presença de representantes das associações - e entre eles o secretário de Turismo, Elber Batalha, representantes da Secretaria do Trabalho, da SMTT, Emsurb e demais órgãos. Foram levantadas questões como o grande número de associados que lota o espaço pertencente à União e a invasão de ambulantes nas calçadas da Orla de Atalaia.

“Nós queremos entrar em consenso sobre essa nova forma de organização na questão dos ambulantes da Orla de Atalaia. Devido ao aumento do fluxo turístico no estado, a orla se tornou um grande mercado consumidor de produto turístico. Devido à invasão de ambulantes, nossa discussão com o Ministério Público é criar critérios objetivos de permissão desses espaços, de restringir essas permissões para que elas não sejam demasiadas de forma a tirar a beleza do nosso cartão postal, na tentativa também de manter a viabilidade comercial desses estabelecimentos”, declara Batalha.

De acordo com o secretário, o período de carnaval deste ano foi o auge de fluxo de turistas. Com essa oportunidade, vendedores ambulantes aproveitam para ganhar mais dinheiro, porém, impedem a fácil circulação nas calçadas. “A divulgação do carnaval de Sergipe foi o auge de fluxo de turistas, com isso aumenta ambulantes, então nós não podemos deixar que o cartão postal da cidade seja prejudicado com esse tipo de desorganização. A Setur vai tomar as providências para que a beleza e o lazer da orla continuem intactas”.

A feirante Maria Suzani, associada há 15 anos na Afavoa, acredita que seria melhor fechar as associações. “No Afavoa são 100 associados e já teve várias confusões com essas associações. Desde 2009 estou com a minha barraca na calçada. É melhor a gente ficar por si do que a gente ficar nessa penitência. É melhor ser independente e pagar a mais ao Estado para ter tudo organizado”.

Para a fiscalização dos ambulantes da orla, a Setur enviou à Secretaria da Casa Civil uma solicitação para a criação de uma equipe de fiscais. Sobre as associações, Elber Batalha afirma que não há o devido controle da quantidade de associados, além disso, comenta que não tem mais condições de ampliar o espaço para os feirantes. “A proposta inicial é que as associações possam servir aos associados, mas a relação do governo não será mais com essas associações, até porque não posso limitar quem entra ou sai das associações. Essas associações que herdamos de governos passados é um modelo demonstrado falido. Pediram para ampliar o espaço, mas não temos condições de colocar mais vendedores”.

Elber Batalha pede direção do MP para resolver problema

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