Foliões capricham nas fantasias da folia de Momo em Aracaju
Os adereços também viram forma de protesto contra o assédio às mulheres Cotidiano | Por Fernanda Araujo 03/03/2019 20h07 - Atualizado em 05/03/2019 09h54As fantasias e diversos adereços sempre roubam a cena no Carnaval. E neste ano não tem sido diferente. Nos blocos de rua de Aracaju (SE) basta dar uma breve olhada e tem gente vestida de tudo que é tipo: palhaço, noiva, mulher maravilha, entre outros. Mas são os casos excêntricos que arrebatam os olhares do público.
Os grupos com a mesma fantasia tem ganhado destaque. Como foi o caso das amigas Maria Lúcia e Maria Eduarda Farias, de 13 e 14 anos, vestidas de flor; e da família da vigilante Edivânia dos Santos, filha e sobrinha vestidas de abelhas.
“Eu achei essa fantasia a mais bonitinha, todos os anos venho ao Rasgadinho e reúno a família para combinarmos as fantasias”, relata a vigilante.
"Ela vinha de anjo, mas a fantasia dela quebrou e preferimos vir iguais, já aproveitando o que já tinha em casa", diz Maria Eduarda.
Muitos até preferem não investir tanto em fantasias, colocando um adereço aqui, outro ali, mas sempre tem alguém que capricha. Os super-heróis estão em alta entre os sergipanos e a criançada também participa da brincadeira. Também tem quem vá à folia de Momo de princesa ou príncipe do Egito e até de Fred, o personagem criativo de Os Flintstones.
Vestida de noiva rosa, ‘que não é mais virgem’, foi a fantasia escolhida pela técnica em radiologia Kátia Lopes. “Eu achei uma graça, estava acessível e para participar vale a pena”, diz ela. Já Cristiane Franco preferiu ousar e se vestir de tigresa. “Isso tudo é para representar a alegria, a descontração e a animação que é o Carnaval”.
O personagem do capitão Jack Sparrow, do filme Piratas do Caribe, já é marca registrada do folião Marcos Antônio. “É a fantasia que mais me cativa, já vesti de outras fantasias, mas, essa é a que mais gosto”, conta ele que mora em Aracaju há seis anos.
No primeiro Carnaval deste ano com a vigência da Lei de Importunação Sexual, as fantasias – além de demonstrar irreverência – também se transformaram em uma forma de se manifestar e dizer o que pensa contra os abusos e assédio às mulheres.
“Os homens tem que aprender a respeitar as mulheres e ninguém tem direito nenhum de tocar numa mulher sem ela permitir. O machismo está demais”, protesta a estudante Adrielly Ingrid.
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Fotos: Fernanda Araujo/F5 News


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