Três estados nordestinos voltaram a registrar vestígios de óleo compatível com o que atingiu todo o litoral nordestino há 10 meses, informou a Marinha. A análise para constatar a mesma substância que a daquela época foi feita no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro.

Conforme nota da Marinha, a existência dos fragmentos no litoral da Bahia, de Pernambuco e de Alagoas deve consistir na reincidência de segmentos oleosos que não tinham sido anteriormente identificados durante as ações de resposta. Localizado entre os estados, a Capitania de Portos de Sergipe não registrou nenhuma evidência do material até a publicação desta matéria

O comunicado da Marinha ainda afirmou que o aparecimento do óleo se deve "possivelmente" a "fatores meteorológicos, como alterações no regime de ventos e marés, que acabaram por revolver sedimentos e possibilitaram o ressurgimento desses fragmentos neste último final de semana".

De acordo com a análise feita no Rio de Janeiro, os perfis químicos eram “compatíveis com o material que atingiu a costa brasileira, sobretudo no Nordeste, em 2019".

O caso

Os resíduos começaram a aparecer no litoral brasileiro em 30 de agosto de 2019, contabilizando toneladas de óleo, que atingiram 130 municípios de onze estados. O material que chegou às praias matou animais aquáticos e aves, além de impactar corais e áreas de proteção ambiental.

Até março deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou mapas das localidades vistoriadas. No dia 19 daquele mês, 135 localidades (territórios equivalentes a até 1 quilômetro) ainda tinham vestígios de óleo no Maranhão, no Rio Grande do Norte, em Pernambuco, em Alagoas, em Sergipe, na Bahia, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.