Fraude ao Sergipe Previdência pode ter outros envolvidos
Cotidiano 10/01/2012 18h08Por Míriam Donald
A servidora do Tribunal de Contas do Estado Nadja Naíra Reis Souza Vasconcelos recebia aposentadoria irregular do pai já falecido, o auditor fiscal aposentado Pedro Vieira de Souza, de cerca de R$ 15 mil reais. Quando o pai faleceu em 3 de maio de 2003, mesmo com a declaração de óbito dele, Nadja Vasconcelos não registrou a morte na previdência do estado.
Após sua prisão, as delegadas do Departamento Especializado em Crime Contra Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) da Polícia Civil, Daniele Garcia e Nadja Flausino (foto), dizem que, no momento, o foco das investigações é saber se há outras pessoas envolvidas e se elas recebiam o dinheiro do pai de Nadja Vasconcelos.
De acordo com a delegada Nadja Flausino, o inquérito tem 30 dias para ser finalizado e já existem outros suspeitos de ter contribuído com o crime, também recebendo o dinheiro. “Nós já temos suspeitos, mas não podemos divulgar no momento”, justifica a delegada.
Crime
O Deotap descobriu um desvio de aproximadamente R$ 1 milhão de reais nos cofres do Sergipe Previdência. As delegadas Daniele Garcia e Nadja Flausino apuraram que a acusada continuou recebendo o benefício como se o pai não tivesse falecido.
A acusada Nadja foi realizar um recadastramento da previdência e foi a partir disso que a desconfiança aflorou. Ela levou o idoso João Dias Cardoso Sobrinho, 91 anos, natural de Aquidabã, para se passar por seu pai, inclusive tirando um novo documento de identidade para ele, já que a previdência alegou que a fotografia do pai era muito antiga. Além disso, uma movimentação alta de dinheiro seria realizada. A previdência estadual ainda recebeu a informação sobre o falecimento do pai de Nadja Vasconcelos, mas não tinha como provar e com isso se iniciaram as diligências e a declaração de óbito do pai.
Ainda de acordo com a delegada Nadja Flausino, a família não sabia do ocorrido e o idoso disse dever um favor a uma vizinha e amiga da acusada e a vizinha então pediu que ele ajudasse Nadja Vasconcelos. “Ele se sentiu constrangido quando ela o apresentou como pai”, disse a delegada.
Nadja Vasconcelos responderá pelo crime de estelionato e falsidade ideológica, com pena de uma a quatro anos e um a cinco respectivamente.


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