Fraudes em serviços do Detran teriam beneficiado 300 pessoas em Sergipe
Polícia Civil começa segunda fase das investigações que iniciaram no ano passado
Cotidiano | Por Emerson Esteves* 03/01/2020 09h30 - Atualizado em 03/01/2020 17h42

Pelo menos 300 pessoas teriam sido beneficiadas com ações fraudulentas em serviços do Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe (Detran), de acordo com os resultados de operação da 1º Delegacia Metropolitana. 

As investigações se iniciaram em outubro de 2019, com a prisão de Cristiano Luiz de Oliveira Monteiro, suspeito de fraudar os serviços do Detran, oferecendo-os por até um terço do valor regulamentado. A operação entra agora na segunda fase com o objetivo de ouvir e identificar os beneficiados pelo crime que, segundo a polícia, não são considerados vítimas.

“Essa segunda fase demorou porque  Cristiano foi preso dia 04 de outubro e solto em audiência. Não tínhamos os dados dos veículos, das pessoas que foram beneficiadas, porque somente depois de quarenta dias após o uso do cartão que o titular toma conhecimento através da fatura, faz o boletim de ocorrência e junto à bandeira vai pedir anulação do ato”, assinala o delegado da 1º Delegacia Metropolitana Everton Santos. 

Nesta fase, as pessoas envolvidas e beneficiadas pelo estelionato deverão comparecer a delegacia. Como o Detran foi notificado dos veículos que tiveram sua documentação liberada, mas que o pagamento não foi efetivado, essas pessoas deverão efetuar o pagamento duas vezes (por 2019 e 2020) e os veículos delas serão inseridos numa lista para apreensão do Detran.

Após ouvir, identificar e comprovar que foi pago, a Delegacia Metropolitana encaminhará para o Ministério Público e ficará a cargo do promotor determinar se essas pessoas são coautoras ou não do crime. 

“Vamos precisar bastante do poder judiciário, do Ministério Público, porque a operação será grande. Além do Estado de Sergipe, nós temos dados de pessoas que estão usando esses cartões para outros atos. Nesse momento vamos fazer o levantamento de todos que se beneficiaram dessa fraude e em seguida vamos às  outras operações”, ressalta Everton Santos.

O prejuízo até agora foi estimado em mais de R$ 500 mil, que  não é do Detran, mas sim da TKS (fiadora do Banco Banese que libera as transações). Entretanto, esse valor pode crescer ainda mais à medida que as investigações avançarem e se verificar em quais outros locais os cartões de terceiros foram utilizados.
Não há um prazo determinado para que essas pessoas compareçam à  1ª Delegacia Metropolitana.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo

Edição de texto: Monica Pintosh
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