Funcionário da PMA preso abriu cinco contas com nomes de terceiros
Prefeitura vai abrir inquérito administrativo para investigar ações do acusado Cotidiano | Por Fernanda Araujo 24/07/2018 12h00 - Atualizado em 24/07/2018 12h49Pelo menos cinco contas bancárias com nomes de terceiros foram abertas pelo então funcionário da Prefeitura de Aracaju preso em flagrante nesta segunda, 23, acusado de fraudar documentos para benefício próprio. O estudante de Direito Luiz Fagner Santos Ferreira, 32, teria realizado golpes em instituições bancárias entre seis ou oito meses.
Segundo a delegada Rosana Freitas, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), as investigações iniciaram através de uma denúncia enviada pela Coordenação Geral do Sistema de Inteligência de Segurança Pública em Sergipe (Cogesisp-SE). Luiz Fagner estaria usando Carteira Nacional de Trabalho – CTPS e outros documentos falsos para abrir uma conta em uma agência bancária no Centro da cidade.
“Foram efetuadas diligências, fizemos uma campana e identificamos o indivíduo que estava fazendo uso da documentação e, após ele assinar os documentos para essa abertura da conta, recebeu voz de prisão. Soubemos ontem de abertura de uma conta, mas já temos conhecimento de pelo menos cinco contas”, disse a delegada em coletiva de imprensa nesta terça (24).
Luiz Fagner exercia há quatro anos cargo comissionado na Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) onde tinha acesso direto ao sistema de elaboração das carteiras de trabalho. “Ele se utilizava do cargo para conseguir imprimir carteiras que eram materialmente verdadeiras, de fato eram impressas através do sistema, mas com dados de terceiros e foto dele. Com isso ele abria contas, fazia uso dos limites de cheque especial, cartão de crédito, solicitava empréstimos”, contou Rosana Freitas.
Ainda não é possível mensurar, segundo a polícia, o valor exato dos prejuízos causados, já que varia de acordo com o limite de cada cartão de crédito, cheque especial e a renda estabelecida para abertura da conta bancária. O então funcionário também é acusado de falsificar comprovante de rendimento. Até o momento, foram identificadas cinco vítimas.
“As pessoas eram cobradas, tinham os nomes inseridos no Sistema de Proteção ao Crédito (SPC), até que se explicasse que aquela documentação tinha sido fraudada levava um tempo para que essas pessoas conseguissem limpar o nome. Vamos iniciar as tratativas para encontrar outras possíveis vítimas”, ressaltou a delegada, acrescentando que as vítimas identificadas estão sendo intimadas e devem ser ouvidas na próxima sexta (27).
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e o tempo em que a fraude era realizada. Em depoimento à polícia, o acusado revelou que cometeu a fraude por cerca de seis a oito meses em que esteve no setor, e sem a participação de outras pessoas. “Realmente não identificamos a participação de terceiros, mas ainda existe a possibilidade, e isso será verificado ao longo da investigação”, disse.
Através de nota, a PMA informou que Luiz Fagner foi exonerado do cargo comissionado. A prefeitura deve abrir um inquérito administrativo para apurar as ações praticadas pelo ex-funcionário na Agência do Trabalhador, setor da Fundat. “A administração municipal se coloca à disposição da polícia e espera que todas as medidas cabíveis sejam adotadas após a elucidação do caso”, concluiu a nota.
O ex-servidor foi acusado de estelionato, falsidade material e ideológica e uso de documentos falsos. O crime é inafiansável. A audiência de custódia do acusado está marcada para a tarde de hoje.
*Colaborou Saullo Hipólito


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