Servidores dos Correios em SE entram em greve por tempo indeterminado
Queixa é quanto ao plano de saúde; decisão foi tomada em assembleia ontem
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 18/08/2020 10h50

Os funcionários dos Correios em Sergipe deflagraram greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (18). A decisão aconteceu após assembleia realizada pela categoria ontem (17). O órgão afirmou que não há como quantificar a adesão dos funcionários no momento.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect/SE), a mobilização nacional não acontece por causa de reajuste salarial, mas para a garantia dos direitos em relação ao plano de saúde, que, após decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, foi alterado. Agora, a forma de compartilhamento passa a ser 50% para o trabalhador e 50% para a empresa, mudando a cláusula de vigência do dissídio coletivo da categoria de dois para um ano.

Além da paralisação, sindicalistas estão promovendo um ato na manhã desta terça-feira (18), na Agência dos Correios localizada na Rua do Acre, onde eles estão distribuindo máscaras e esclarecendo o motivo da greve.

Ainda não é possível definir se a população sergipana terá prejuízos com o recebimento de encomendas. Mesmo com a paralisação, os serviços essenciais devem continuar. Os Correios ainda destacaram que a greve é considerada parcial, o percentual de adesão será quantificado ao longo do dia para divulgação.

Por meio de nota, a empresa ainda afirmou que “desde o início as negociações com as entidades sindicais tiveram um objetivo primordial: cuidar da saúde financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia”.

Em nota, os Correios afirmam que a reivindicação dos servidores é "uma proposta impossível de ser atendida”. Confira a íntegra:

Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da saúde financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.

Ressalta-se que a empresa possui um Plano de Continuidade de Negócios, para continuar atendendo a população em qualquer situação adversa. O plano estabelece uma série de medidas contingenciais, como mutirões e remanejamento de empregados para as unidades com maior necessidade de efetivo.

Edição de texto: Monica Pintosh
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