Funcionários dos Correios em SE continuam greve nacional
Cotidiano 15/09/2011 12h44Por Fernanda Araújo
Funcionários dos Correios de Sergipe realizam mobilização nesta quinta (15) em frente a agência, na Rua Acre, durante todo o dia. Todas as agências dos Correios no Brasil estão em greve por tempo indeterminado desde a última quarta (14) uma dimensão de 30% a 32% de adesão à nível nacional, exceto o município de Uberaba em Minas Gerais. O motivo é a necessidade de um reajuste salarial.
Segundo o assessor da empresa dos Correios, Ginaldo de Jesus, em Sergipe a greve atingiu cerca de 15% dos efetivos da empresa, ou seja, 90 carteiros e um operador de triagem. Ginaldo afirma que os grevistas não aceitaram as propostas da empresa, um acordo que incluía reposição de 6,87% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, desde Agosto de 2009, um aumento de 8,7% do vale alimentação, passando de 23 a 25 reais e a inclusão do seguro medicamento, um patrocínio de 70% das despesas em medicamentos genéricos e 50% para não genéricos, entre outros.
Para o secretário do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira Correios e Telégrafos (Sintect), Sérgio Lima, as propostas não podem ser consideradas como tal. “Nós estamos há dois anos sem aumento e a empresa propôs pagar 50 reais a mais a partir de janeiro do próximo ano, a empresa propõe um aumento de 6,87%, enquanto nós temos um caixa de 2 milhões por um contrato com o Banco do Brasil. Isso tudo seria normal e analisado do ponto de vista de uma empresa particular que visa lucro. Correios não, a gente dá lucro mesmo sem ter essa finalidade. E o social praticamente a gente não percebe.”, conta.
Ainda segundo o Assessor não há motivos concretos para a greve e que os grevistas estão se utilizando de uma greve antecipada e sem necessidade, sendo que havia elegido uma Comissão Nacional que estava em negociação com a empresa.
“Não há motivo para a greve, é falta de bom senso. Dizem que não estamos contratando, mas nós já contratamos dentistas, jornalistas e já começaram os testes para os carteiros. O concurso público abriu cerca de 9.000 vagas. Só que o concurso tem alguns critérios para que haja a contratação, isso custa tempo”.
Verdadeiras intenções
Ginaldo de Jesus acredita ainda que os funcionários estão em greve por questões políticas em achar que a agência poderá ser privatizada, quando uma medida provisória nacional foi aprovada. Em contrapartida, o sindicalista Sérgio Lima rebate afirmando que não houve contratação desde o concurso isto sendo uma falta de respeito, e que o motivo político é da diretoria da empresa.
“Politicamente eles tem que fazer essa manobra e tentam descaracterizar um movimento legítimo, que é a greve dos trabalhadores. (...) Os cargos deles são políticos, e não querem perdê-los”. Ainda de acordo com ele, desde o dia 1º de agosto a diretoria não lançou sequer uma proposta digna. “Eles não querem fazer uma negociação séria, e nós trabalhadores estamos tentando reorganizar a discussão”, esclarece Sérgio.
As correspondências acumuladas vem desde 2006. Segundo o sindicalista cerca de 25 contratados sem concurso público estão trabalhando neste período de greve, porque não tem funcionários suficientes. O salário de um funcionário dos Correios hoje é de R$800.
Sérgio conclui que são necessários além de um reajuste salarial, uma segurança - 64 assaltos no inicio do mês de setembro deste ano e no ano passado cerca de 34 – e contratação de mais funcionários para dar conta do serviço, por ser um trabalha exaustivo.
Para resolver essas questões o Comando de Negociação do sindicato em Brasília estão apostos para negociar com os Correios, segundo o Sintect.


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