Golpes de vendas pela internet são corriqueiros em Sergipe
Delegada Rosana Freitas informa como acontece o golpe e como evitá-lo Cotidiano | Por Letícia Mendonça* 09/01/2020 15h36Golpes de compras e vendas pela internet são registrados diariamente em todo o Brasil. A delegada Rosana Freitas, do Departamento de Crimes contra o Patrimônio, alerta os sergipanos para esse tipo de fraude, que tem sido corriqueiro no estado. Os autores dos crimes se utilizam de informações verdadeiras de uma venda para manipular o comprador.
De acordo com a delegada, o golpista vê um anúncio real de um carro em sites comuns de venda, entra em contato com o vendedor para ter mais fotos e informações e, com os dados correspondentes, cria um novo anúncio falso daquele mesmo veículo, com um preço abaixo do mercado, para atrair a vítima. Quando um comprador demonstra interesse, marca um encontro entre o interessado e o vendedor verdadeiro.
“Ele faz com que o vendedor e o comprador verdadeiros se encontrem, de modo que a pessoa vê o veículo, faz uma averiguação, acha que tá tudo bem e efetua o pagamento. […] Ele pede para que, tanto o vendedor quanto o comprador, mintam ou omitam informações durante o encontro, dizem que o veículo é para um funcionário, pede para não informar o valor e diz para o outro que não está no estado, quem vai ver o veículo é um parente”, informa.
O pagamento é feito em uma conta informada pelo infrator, geralmente de fora do estado, o que torna mais difícil a recuperação do valor. O autor faz com que as duas partes participem do golpe sem desconfiar, pelas apurações da polícia, os dois lados são vítimas.
Em caso de negociações em que o interlocutor peça para que, presencialmente, seja omitida alguma informação, já se deve desconfiar da possibilidade de um golpe. Outras pistas que podem ser indicativos de um golpe são: ter um sotaque diferente; conta bancária de outro estado, é possível averiguar pesquisando em sites de busca o nome do banco e da agência bancária, que indica o local daquela conta.
“Se for o caso, procure uma delegacia mais próxima, peça uma orientação antes de concretizar a fraude”, sugere a delegada.
*Estagiária sob orientação do jornalista Will Rodriguez





