Governo assina ordem de serviço para obras na Orla Sul, em Aracaju
Três trechos receberão recursos de cerca de 25 milhões de reais, do próprio Estado Cotidiano | Por Fernanda Araujo 23/10/2020 12h00 - Atualizado em 23/10/2020 12h14O litoral das praias que beiram a rodovia José Sarney, em Aracaju, vai receber a Orla Sul. A ordem de serviço para o início das obras de adequação urbanística dos trechos 2 e 3A do espaço foi assinada na manhã desta sexta-feira (23). São 16 Km de praias, divididos em quatro trechos, sendo um deles subdividido em oito subtrechos. A solenidade, na Aruana, teve a presença de autoridades políticas, secretários do governo e representantes do trade turístico. Assinaram como testemunhas o ex-governador Jackson Barreto, o deputado federal Laércio Oliveira e o deputado estadual Luciano Pimentel.
A Ordem de Serviço para o início do Trecho I foi assinada em março deste ano e as obras já estão iniciadas. O primeiro espaço criado para a Orla se inicia ao fim da “Cinelândia”, em frente ao antigo Hotel Parque dos Coqueiros, denominado Largo Marco Zero. Ele abrangendo as intervenções no lado esquerdo da Rodovia SE-100 no sentido Atalaia/Mosqueiro - início a partir da rua Deputado Clovis Rollemberg até a proximidade do Loteamento Aruana (no final do Tecarmo). Serão investidos, somados os dois trechos, o equivalente a cerca de R$ 15 milhões; para os três trechos os recursos são oriundos do Governo do Estado. "O que estamos garantindo nesse primeiro momento, nesses três trechos, é que vamos estar consumindo recursos de aproximadamente 25 milhões de reais, totalmente do Tesouro", disse o governador Belivaldo Chagas na solenidade.
O projeto foi apresentado pela arquiteta e urbanista Clarisse Almeida, que o assina. O trecho 2, numa extensão de 866 metros, tem início no final do trecho 1 e vai até a rótula do Loteamento Aruana, área que contempla os 17 bares existentes. Estão previstas a reforma e implantação de calçadas e ciclovias; quadras de vôlei e poliesportiva; áreas recreativas e implantação de equipamentos de ginástica, além da construção de 17 abrigos para bares existentes, posto policial, postos salva-vidas, área de apoio para ambulantes e banhistas, entre outros itens.Numa extensão de 1.880 metros, o trecho 3A, que terá foco no turista, tem início na rotula do Loteamento Aruana e vai até o Bar Maré Mansa, contemplando um conjunto de 22 bares. Entre as intervenções, estão bolsões de estacionamento com 262 vagas; readequações geométricas da rodovia para ordenamento e melhoria do tráfego; construção de estação PC, com banheiros; espaços infantis e equipamentos de ginástica; centro de informações turísticas; prédio para feirinha de praia; rede de esgotos sanitários e drenagem pluvial; bicicletário; estações de descanso coberto; recuperação ambiental e paisagística com espécies vegetais nativas, além da implantação de ciclovias, que em algumas partes passarão entre os bares.
"Como os bares estão muito avançados, em cima da pista, para passar a ciclovia direto teria que demolir muita coisa, inclusive dos bares originais. Para que isso não acontecesse, fizemos um serpenteio com a ciclovia de forma a ocupar o espaço entre os bares", explicou Clarisse Almeida, acrescentando ainda que a pista terá guarderreio para evitar engarrafamentos, mas não há possibilidade de sua ampliação. As lixeiras também serão tiradas da calçada e os os bares formarão condomínios para administrar a área.
O projeto também prevê a construção do Museu dos Náufragos, na região do Cemitério dos Náufragos, monumento que remete à história de Aracaju na Segunda Guerra Mundial, na Praia do Mosqueiro, onde também há ideia de recuperação. "Nós tínhamos feito a princípio um largo bem grande, mas o custo da desapropriação ficou enorme, o governador sabiamente pediu que reduzíssemos, fizemos a redução maior que pudemos. Temos um desvio, o cemitério será separado dos terrenos para ter o seu momento de glória, ao lado vai ser feito um memorial, o objetivo é que seja feito através de concurso público internacional, de forma que traga um pouco de qualidade como outros lugares do mundo para o ponto turístico", explicou a arquiteta.
A ampliação da infraestrutura turística do estado é um dos eixos do Programa de Recuperação da Economia – Avança Sergipe. Segundo o governo, o objetivo é acelerar a recuperação da economia sergipana, no momento posterior às medidas de isolamento social e de restrição ao funcionamento de setores econômicos, tomadas no enfrentamento aos efeitos da pandemia da Covid-19.Ao F5 News, o governo informou que não existe previsão de conclusão de toda a obra, que compreende quatro trechos. As ordens de serviços vão sendo feitas à medida que se tem recursos garantidos. O governador Belivaldo Chagas, na solenidade, informou que toda a obra tem custo previsto de aproximadamente R$ 80 milhões e que o projeto teve ajustes. Ressaltou ainda que envidará esforços para fazer toda a obra com recursos do Tesouro, no entanto, buscará outras fontes, através também de Licitação.
"Cada trecho previa uma parte de asfalto e a gente compreendeu que ficaria muito complicado pelas dificuldades financeiras. A gente tirou toda a parte da rodovia do projeto e a gente fará a restruturação de toda a pista, desde o início onde acaba a Passarela do Caranguejo até o Viral; o projeto está sendo finalizado para que a gente possa colocar em licitação e esse trecho vamos estar fazendo com recursos do Finisa, portanto da Caixa. Quando a gente consegue concluir esses três primeiros trechos, mais a rodovia pronta, você já muda o visual e muito. E a partir da forma que o projeto foi trabalhado a gente vai licitando trecho a trecho, de acordo com a disponibilidade financeira", antecipou Belivaldo.
No próximo mês, está prevista a licitação da obra de recuperação asfáltica de todo trecho da Rodovia SE 100, que seguirá de forma paralela e tem previsão de iniciar em fevereiro próximo. Ainda conforme o governo, a obra está acordada em Ata com os ministérios públicos Estadual e Federal.





