Em greve desde o dia 20 de julho, médicos que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde se mobilizam na manhã desta terça-feira (07) em frente à Câmara Municipal de Aracaju, centro da capital, como forma de pressionar os vereadores a colaborar politicamente em favor da categoria. Sem reajuste desde 2016, a classe trabalhadora segue com apenas 30% do efetivo nas unidades básicas de saúde.

Fotos: Sindimed

De acordo com a diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe, o congelamento salarial, atrelado à falta de esclarecimentos sobre a contratação de pessoas jurídicas para a prestação de serviços nas unidades de saúde, tem contribuído para que os profissionais mantenham o movimento que já prejudica mais de 50 mil usuários do sistema.

Na manhã dessa segunda-feira (06), os sindicalistas se mostraram interessados em participar de uma audiência extraordinária de conciliação. O Tribunal de Justiça de Sergipe adotou a proposta e o desembargador Diógenes Barreto estabeleceu um prazo de 48h para que a Prefeitura de Aracaju se manifeste quanto ao pedido dos grevistas.

“Já que o prefeito Edvaldo costuma sair por aí dizendo que tem conversado com a gente, queremos saber qual será o posicionamento dele referente a essa audiência de conciliação. São dois anos sem reajuste e com sucessivas contratações sem concurso. Precisamos do apoio também dos vereadores”, afirmou João Augusto, presidente sindical.

Os serviços de urgência e emergência seguem sem alterações. Uma nova assembleia da categoria está prevista para ocorrer na próxima quinta-feira (09), na sede do Sindimed, em Aracaju, quando os profissionais decidem se suspendem ou seguem em greve por tempo indeterminado.

A Prefeitura de Aracaju disse ao F5 News que só vai se manifestar sobre a decisão judicial após a notificação. A administração municipal não comentou o impacto nos atendimentos.