Homem diz ter sido vítima de racismo e homofobia em bar de Aracaju
Donos do estabelecimento contestam versão dele em rede social, alegando ser falsa
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 26/10/2020 09h40 - Atualizado em 26/10/2020 09h50

Um homem acusa um estabelecimento comercial em Aracaju de racismo e homofobia desde o final da manhã deste domingo (25). O episódio teria acontecido no dia anterior, no bar Costelaria do Chef, e ganhou grandes proporções nas redes sociais da suposta vítima. Os donos do estabelecimento também utilizaram a rede social para se manifestar e contradizê-lo. A confusão virou caso de polícia.

Segundo Ricardo Junior, conhecido nas redes sociais como Kadu Junior, ele chegou no bar situado no bairro Bugio, com duas irmãs e curtiu a noite. Em um vídeo publicado pelo estabelecimento nas redes sociais, é possível vê-lo em uma das mesas próximas ao palco, com a camisa rosa (de costas para o palco).

Na hora de pagar a conta, Kadu alega que percebeu acréscimo de bebidas não consumidas pelo trio, momento em que a confusão teria iniciado. Ele começou a contestar a conta, afirmando que não iria pagar.

“Na hora que eu fui contestar, os donos do bar se exaltaram muito, porque disseram que eu deveria pagar. Além disso, passaram a cobrar um valor, o qual não tinha sido informado, por causa de uma banda que estava tocando. mesmo assim, eu resolvi pagar a conta e ir embora”, afirmou no vídeo.

Kadu continua o vídeo alegando que os donos seguraram o cartão dele para que o pagamento fosse efetuado, e após isso feito, ele teria sido agredido. “No momento, eu estava falando com um dos donos e quando eu estava saindo fui surpreendido com uma pancada, na qual eu não lembro mais de nada e na hora que eu estava fazendo o pagamento, ele me chamou de “viadinho preto” que queria aparecer”, afirmou o jovem.

Confira o vídeo da suposta vítima:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Os donos do bar contradizem o jovem e alegam que ele teria chegado ao balcão alterado e agressivo. “Nada disso aconteceu, ele xingou funcionário, bateu no balcão, jogou cartão no caixa, pagou a conta, R$ 50 em dinheiro e R$ 74 no débito; conversei com a irmã dele várias vezes pedindo calma, inclusive ela estava até calma, tentando acalmar ele, mas não estava conseguindo. [Ele] Pegou a cadeira, tentou agredir o cantor, quebrou a cadeira, depois pegou outra e  quebrou em cima de uma mesa, quebrou uma mesa, depois pegou esse casco [de garrafa que havia quebrado antes]... os clientes se revoltaram contra ele, foi tentar correr e caiu, se cortou, bateu a cabeça [...]”, afirmou um dos proprietários, identificado com o pré-nome Thiago. Confira o vídeo:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Por diversas vezes, o proprietário, ao lado do sócio, de pré-nome Ítalo, desafiou Kadu a prestar o mesmo depoimento do vídeo na delegacia. Em outro vídeo, publicado na sequência, como continuação do relato anterior, eles esclareceram o problema com a suposta conta errada, segundo Kadu. Confira:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Thiago e ítalo foram na madrugada do domingo (25) à Delegacia, onde confeccionaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). “Em nenhum momento teve racismo e homofobia, repito, não é a nossa índole”, afirmou Thiago.

Ricardo Junior vai ser ouvido às 11h, nesta segunda-feira (26), no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). O episódio deve tomar novos rumos durante a semana.

As redes sociais continuam divididas em relação ao caso. Dezenas de pessoas compartilham o post de Kadu e outras dezenas apoiam o estabelecimento, muitos alegando que estavam no local na hora da confusão.
 

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