Homem morre em decorrência da doença do pombo em Aracaju
Vítima chegou a ficar internada em dois hospitais sergipanos
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 14/08/2019 10h00 - Atualizado em 14/08/2019 10h19

Um homem morreu após três paradas cardíacas, em decorrência da criptococose, ou como é popularmente conhecida, da doença do pombo. O fato aconteceu no último sábado (10), em Aracaju. A doença foi confirmada no obtuário médico. A vítima [o nome foi preservado] chegou a ficar internado em dois hospitais diferentes da capital.

A criptococose é uma doença classificada como micose sistêmica, causada por fungos do gênero Cryptococcus e que pode matar. O principal reservatório do fungo é matéria orgânica morta presente no solo, em frutas secas, cereais e nas árvores. O fungo causador da doença também é encontrado nas fezes de aves, principalmente dos pombos.

Residente em Estância, a vítima deu entrada seis vezes no Hospital Regional Dr. Jessé Fontes, naquele município, até ser transferido para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), no dia 1º de agosto, mas acabou falecendo.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o vírus se espalha pelo ar e o risco maior está em ambientes fechados, onde esses animais se abrigam com maior frequência. Após ser inalado pelas pessoas, o fungo se instala no pulmão e, depois, migra para o sistema nervoso central.

Em alguns casos, os sintomas da doença podem criar confusões no diagnóstico, as manifestações clínicas dependem do estado imunológico de cada indivíduo e do subtipo do fungo em questão. O surgimento de sinais e sintomas ocorre entre três semanas e três meses antes da internação hospitalar.

No caso da vítima de Sergipe, os sintomas apresentados pela vítima confundiram os médicos, que de início não conseguiram constatar a causa e acharam que o homem passava por uma crise de enxaqueca, conforme informações passadas pela Vigilância Sanitária.

Alguns dos sintomas mais recorrentes são: febre, fraqueza, dor no peito, rigidez de nuca, dor de cabeça, náusea, vômito, sudorese noturna, confusão mental, alterações de visão, pode haver comprometimento ocular, pulmonar e ósseo.

A Coordenação Estadual de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (Covisa/SES) informou que a doença não é de notificação compulsória, ou seja, não é um registro que obriga e universaliza as notificações, visando o rápido controle de eventos que requerem pronta intervenção, e por isso, não acompanha a situação.

Prevenção

Não existem medidas preventivas específicas. Entretanto, recomenda-se a utilização de equipamento de proteção individual, sobretudo de máscaras, na limpeza de galpões onde há criação de aves ou aglomerado de pombos.

Medidas de controle populacional de pombos devem ser implementadas como, por exemplo, reduzir a disponibilidade de alimento, água e, principalmente, abrigos. Os locais com acúmulo de fezes desses animais devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança, assim como a sua dispersão por aerossóis.

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