A via crúcis de pacientes oncológicos em Sergipe ainda é marcada por dificuldades e contínuas interrupções do tratamento. Uma situação que parece estar longe de ser solucionada, mas a reabertura do serviço de Oncologia no Hospital Cirurgia renovou a esperança de quem espera por um atendimento de qualidade.

Alguns serviços para os pacientes oncológicos - para atendimento médico e aplicação de quimioterapia - voltaram a funcionar na unidade de saúde, em Aracaju, esta semana. Segundo a assessoria de comunicação do hospital, foram retomados o atendimento ambulatorial (consultas com os médicos oncologistas) e o tratamento de hormonioterapia.

O hospital vai começar também a aplicação de quimioterapia de acordo com a demanda da prescrição dos pacientes que forem sendo consultados. O anúncio do retorno foi feito em reunião com entidades que representam e atendem a pacientes com câncer.

“Estamos juntos com o propósito de atender os pacientes com câncer, quando vejo que o Hospital retoma novamente o serviço, percebo que vai dar muito mais qualidade a aqueles pacientes que nós atendemos, que estavam desesperançados, na fila sem tratamento”, disse a presidente da Associação dos Amigos da Oncologia (AMO), Conceição Balbino.

De acordo com a assessoria, alguns pacientes com consultas marcadas no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) já estão sendo encaminhados para o Cirurgia, com o objetivo de agilizar o início do tratamento. Além disso, como o serviço é “porta aberta”, os pacientes podem agendar suas consultas para atendimento oncológico apresentando o encaminhamento ou o resultado da biópsia diretamente na Onco Hematos Cirurgia, localizada próximo ao Ambulatório do Hospital de Cirurgia.

A Radioterapia, no entanto, continua ameaçada. O serviço está suspenso há mais de 30 dias no Cirurgia, desde a quebra do aparelho. A direção do hospital informa que, “diante do histórico de problemas apresentados”, a máquina passará pela avaliação de três serviços externos. 

A medida tem o objetivo de fazer um novo levantamento de todas as falhas. “O retorno do funcionamento se dará se for assegurada a viabilidade da manutenção”, completou a assessoria.

*Com informações da assessoria do Cirurgia