Hospital de Campanha de Lagarto é alvo de investigação do MPF
Estão sendo apurados ‘eventual superfaturamento e direcionamento’ da licitação Cotidiano | Por Will Rodriguez 16/07/2020 16h35 - Atualizado em 16/07/2020 18h43O Hospital de Campanha erguido pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) na cidade de Lagarto, no centro-sul do estado, para pacientes com covid-19, foi alvo de uma operação policial nesta quinta-feira (16). A unidade está sendo investigada por suspeita de superfaturamento e direcionamento do processo licitatório para escolha da empresa responsável pela montagem da estrutura.
A Polícia Federal disse ao F5 News, por meio de sua assessoria, não ter realizado ação no município de Lagarto hoje. Já o Ministério Público Federal (MPF) confirmou ter dado parecer favorável à ação policial de busca e apreensão deflagrada nesta quinta, mas não detalhou quantas ordens judiciais foram cumpridas.“No entender do MPF, se tornou indispensável a realização de algumas medidas junto ao Hospital Universitário de Lagarto, no interesse de investigações sobre eventual superfaturamento e direcionamento no processo de contratação da empresa vencedora”, afirmou o Ministério Público em comunicado enviado à imprensa.
Ainda segundo o MPF, foi recomendada ‘discrição e o mínimo desconforto e máximo respeito aos profissionais que trabalham, assim como aos pacientes e respectivas famílias que se encontram internados a unidade’. O Ministério Público disse que as medidas de discrição e respeito foram ‘prontamente observadas pela Polícia Federal’.
Com uma estrutura composta por 20 leitos de média complexidade, o Hospital de Campanha recebeu investimento da ordem de R$ 2,5 milhões em infraestrutura, além de R$ 1,5 milhão para equipamentos, montante custeado com recursos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), gestora da rede de hospitais universitários.
O F5 News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Ebserh em Sergipe, que encaminhou a seguinte nota:
O Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS/Ebserh) destaca que não é verídica a informação de que ocorreu processo de busca e apreensão na unidade hospitalar nesta quinta-feira, 16.
O HUL aproveita para ressaltar que os processos de contratação e aquisição de equipamentos para o hospital provisório foram conduzidos seguindo a legislação vigente e os princípios da administração pública como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e interesse público.
A unidade hospitalar frisa que todas as solicitações de informação sobre o assunto feitas pelos órgãos de fiscalização foram atendidas em sua plenitude e se coloca à disposição para qualquer esclarecimento necessário à sociedade.





