Huse pode ficar desabastecido de três medicamentos usados na UTI
Remédios são usados no momento em que o paciente está sendo entubado
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 02/06/2020 12h10

O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) pode ficar sem três medicamentos utilizados em pacientes no momento de entubação, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), alerta o presidente da Sociedade de Anestesiologia de Sergipe (Saese), Milton Simões. A Saúde do Estado ainda não se manifestou sobre o assunto.

Segundo ele, essa falta de medicação não é um problema local e nem uma negligência do Governo de Sergipe, pois devido ao uso dessas medicações em âmbito nacional e mundial, por conta da grande demanda, os laboratórios têm tido dificuldades na produção em tão larga escala.

 F5 News procurou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para confirmar se existe de fato risco de desabastecimento, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.

“Os anestesiologistas têm recebido um alerta sobre a falta de alguns medicamentos essenciais para entubação dos pacientes cirúrgicos, pacientes que necessitam realizar qualquer tipo de cirurgia, assim como aqueles pacientes que estão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que vão precisar de ventilação mecânica. É o caso de alguns pacientes com Covid-19”, disse o presidente da Saese.

O alerta foi emitido por alguns laboratórios e farmácias com base nos medicamentos em estoque. “Esses medicamentos são Cisatracúrio, Succinil Colin e Rocurônio. São substâncias que servem para bloquear o sistema neuromuscular e manter o paciente sedado durante o processo de entubação. Na farmácia do Huse, por enquanto, há abastecimento, mas com risco de desabastecimento futuro se não for reposto o estoque. Por isso, fica o alerta”, afirmou.
 

Milton Simões (foto) recomendou que as cirurgias que podem ser adiadas, mais do que nunca, devem ser remarcadas até que a pandemia tenha a sua curva em declínio. “Não sabemos se alcançamos o pico da doença e já estamos buscando alternativas, por meio de outras medicações que possam substituir essas citadas. Claro que em alguns casos não há como substituir. Lembrando que o Estado está ciente disso e as pessoas responsáveis já estão tomando providências. Por enquanto, nenhuma cirurgia de risco está sendo suspensa por falta de medicação, estamos apenas alertando para o risco de desabastecimento”, reforçou.

* Com informações da Saese.

Edição de texto: Monica Pintosh
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