O Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe confirmou neste sábado (19) o nome de mais dois dos oito homens mortos em confronto com a polícia durante a Operação Rubicão, deflagrada ontem (18) para prender os assassinos do capitão Oliveira.

Os suspeitos foram identificados como José Cláudio Teles Ferreira, 31, e Aldair Santos Hora, 20. Eles foram mortos no município de Poço Redondo, sertão do estado.

Os outros dois, identificados ontem, são o ex-policial militar Antônio Brás dos Santos Neto, 46, e o cunhado dele, Edu dos Santos Oliveira, 38, mortos em uma casa no loteamento Marivan, em Aracaju.

Oeste e Norte da Bahia

As outras mortes ocorreram na Bahia -  duas na cidade de Luís Eduardo Magalhães, uma em Cristópolis, próximo a Barreiras, e outra em Paulo Afonso.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), nas ações realizadas no oeste baiano, no município Luís Eduardo Magalhães, a polícia declara que houve intensa troca de tiros, resultando na morte de Jackson da Silva, 29,  e José da Silva, 53, pai e filho. Ernane Mota Pereira, 29 anos, “Vulgo alemão” foi trazido de Cristópolis para o IML regional de Barreiras/BA.

Na ação realizada em Paulo Afonso, o suspeito Renan Oliveira Santos, 26, natural de Pedro Alexandre-BA, também entrou em confronto com a polícia e foi alvejado. Ele foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu.

O suspeito identificado como Marcone Silva Lima terminou preso.

Entenda

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) deflagrou ontem (18) uma operação para prender os responsáveis pelo envolvimento com morte do capitão Manoel Oliveira, então comandante da Companhia Integrada de Patrulhamento em Áreas de Caatinga. A ação contou com auxílio da Polícia da Bahia.

As investigações foram coordenadas pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), que se baseou nas informações checadas através do 181 e pelas diligências realizadas na investigação policial.

Sabe-se que a ação contra o comandante da caatinga mantém relação com um trabalho da Secretaria da Segurança Pública contra pistolagem, que acontece em parte da região Norte da Bahia e alto sertão de Sergipe. Em uma operação que aconteceu em setembro de 2017, um trio foi preso relacionado com o crime de pistolagem na Bahia, Sergipe e Alagoas, e tinha como foco a cidade de Pedro Alexandre, na Bahia.

Conforme as investigações, o grupo criminoso também tem envolvimento com o tráfico de drogas, roubo a bancos e nos homicídios de um presidente da Câmara Municipal de Carira, de um vereador de Poço Redondo e de um ex-prefeito da cidade baiana de Pedro Alexandre.

Por que Rubicão?

Este era o nome de um rio italiano que não poderia ser atravessado pelas tropas romanas por conta de uma lei, mas, ao ser afrontado, Júlio César decide fazê-lo  e sua ação culmina numa guerra civil. A expressão "atravessar o Rubicão" significa a tomada de uma decisão perigosa, pensar grande, ou ainda, ultrapassar fronteiras, defrontando-se com um caminho duvidoso e potencialmente perigoso.

Segundo a delegada geral da Polícia Civil de Sergipe, Katarina Feitosa, os participantes do crime ultrapassaram o limite do razoável contra a polícia sergipana.