Também conhecida com Mãe de Todos os Orixás, Dandalunda, Inaé, Ísis, Janaína, Maria, Rainha do Mar; Iemanjá é celebrada oficialmente em 2 de fevereiro. E neste domingo, dezenas de devotos se reuniram para homenagear a Orixá feminina das religiões afrobrasileiras. 

Festa é tradição há mais de uma década no município sergipano. Foto: F5 News

Com água, flores e alfazema, durante a celebração ocorreu a lavagem das escadarias da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Socorro, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), marcando um momento de fé, união e respeito às religiões durante as comemorações ao Dia da Padroeira, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

A festividade é realizada há 14 anos e passou a fazer parte da programação do encontro cultural do município, que está em sua terceira edição. Depois da lavagem, os devotos seguiram em cortejo até a praia do porto, onde foi realizada a entrega dos presentes à rainha das águas.

Nas canções do samba e da música popular, na prece do pescador de água doce ou salgada, no pular de ondas na virada dos anos, há sempre um momento de prece dirigido à figura de Iemanjá, cujo nome significa “Mãe cujos filhos são como peixes”, do Yorubá “Yèyé omo ejá”.

Para além da religiosidade, essas expressões na arte, dança e música são também uma forma de resistência e reafirmação do povo negro, dos terreiros, assim como uma forma de fortalecer autoestima, sentimento de identidade, pertencimento e a luta contra o preconceito e a discriminação.

*Com informações do Correio Brasiliense