A Polícia Civil de Sergipe, através da Delegacia de Atendimentos a Grupos Vulneráveis (DAGV), já encaminhou o inquérito à Justiça sobre um suposto estupro que teria sido praticado por um bombeiro militar contra uma colega de farda e constatou que, até o momento, não foram encontrados sinais de violência sexual na vítima. Um laudo ainda será conduzido ao Ministério Público e Poder Judiciário.

O episódio teria ocorrido nas dependências de um condomínio residencial onde um grupo de bombeiros comemorava a finalização de um curso interno no dia 31 de maio. As investigações apontaram que, naquela data, o suspeito e a vítima, que são tenente e sargento do Corpo de Bombeiros e fazem parte do quadro de integrantes ativos da corporação, não estavam em serviço. Pelo vínculo dos envolvidos, o processo investigativo apura a possibilidade de crime militar. 

Nos laudos periciais, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública em nota nesta quinta-feira (18), não foram encontrados sinais de violência na vítima e nem havia presença de material genético na militar que pudesse ter sido produzido pelo suspeito. Também não foi possível identificar se houve ou não conjunção carnal, de acordo com a investigação.

A SSP informou que as investigações necessárias foram realizadas, inclusive com a produção de laudos periciais. No entanto, ainda será encaminhado para o Ministério Público e Poder Judiciário o laudo de exame toxicológico a fim de levantar novas informações sobre o caso. 

No relatório final do inquérito, segundo a SSP, a delegada Renata Aboim recomendou à Justiça que seja definida uma autoridade militar a fim de concluir um inquérito, com a possibilidade de novos depoimentos e diligências. 

O processo foi encaminhado à Justiça na quarta-feira (17), para a continuidade das decisões a serem tomadas sobre o caso. 

O Corpo de Bombeiros informou, em junho, ter adotado medidas administrativas para apuração interna do fato.