Seis internos do Complexo Penitenciário advogado Jacinto Filho (Compajaf), localizado no bairro Santa Maria, em Aracaju, iniciaram uma rebelião, na manhã desta terça-feira (11).

De acordo com a Secretaria da Justiça, Trabalho e Defesa do Consumidor (Sejuc), eles estão fazendo três pessoas reféns na enfermaria da unidade prisional e pedem transferência da unidade. Há relatos de dois feridos. Equipes do Grupo de Operações Penais Especiais (Gope), Comando de Operações Especiais (COE) e Batalhão de Choque da PM fazem a negociação.

O Departamento do Sistema Prisional (Desipe) também acompanha a situação. O coronel Reinaldo Chaves, secretário-executivo da Sejuc, já dialogou com os internos e procura uma alternativa para liberar os reféns. O restante da população carcerária do presídio de segurança máxima está isolada nos pavilhões e não tem acesso à área da ocorrência.

“Eles estão com facas e armas bancas. Os dois reféns liberados, são funcionários terceirizados que estavam com perfurações leves. Ambos foram atendidos pelo Samu e levados a um Hospital. Os outros cinco estão abalados psicologicamente”, disse coronel Chaves.

Na tarde de ontem, familiares de detentos realizaram protestos em frente ao Palácio dos Despachos do Governo de Sergipe, em Aracaju, para cobrar a liberação de visitas.

Do palácio, os manifestantes seguiram para o Complexo Penitenciário. Com faixas e cartazes eles reivindicam a flexibilização das visitas nos presídios do estado. Essa é a segunda manifestação realizada pelo grupo, a primeira ocorreu na semana passada. 

Ao F5 News, a Sejuc informou ainda que está preparando as unidades. "Há uma perspectiva de que, no começo de setembro, haja uma flexibilização de forma gradativa das visitas, mas sempre de acordo com os preceitos de segurança para que não aconteça uma contaminação em massa dentro dos presídios do Estado", disse a pasta.

A última rebelião no Compajaf foi registrada em 11 de setembro de 2019. O presídio tem 560 internos custodiados, 334 em regime fechado e 226 em semiaberto, segundo os dados mais recentes do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).

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