A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (13) o inquérito sobre a morte do idoso José Nunes da Silveira, de 94 anos, que morreu ao cair no fosso de um elevador no condomínio onde morava no bairro Luzia, em Aracaju (SE).

De acordo com o delegado Everton Santos, responsável pela investigação, o dono da empresa e os dois técnicos que realizavam manutenção no elevador serão indiciados por homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar, e devem responder em liberdade.

Segundo o delegado, ao todo 15 pessoas foram ouvidas durante a investigação e foi constatado que houve falha humana e negligência, já que não foi cumprido nenhum procedimento de segurança que evitasse a queda não só do idoso, mas de qualquer outra pessoa. “Os condôminos não foram informados da manutenção, não tinha aviso no local, a área não foi isolada e não foi usado o mecanismo para travar as portas do elevador, tudo isso aponta para negligência”, disse.

Ainda de acordo com o delegado, um dos técnicos disse que não possuía curso de manutenção. O inquérito será encaminhado à Justiça e, caso eles sejam condenados, a pena pode ser de um a três anos de prisão.

Entenda

O acidente aconteceu por volta das 9h, do dia 13 de julho, quando o idoso José Nunes da Silveira, de 94 anos, chamou o elevador e entrou sem saber que estava em manutenção. Familiares deram falta do idoso e só o encontraram por volta do meio dia. O Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) chegou a ser acionado para socorrê-lo, mas ele não resistiu aos graves ferimentos.

A família esteve no local do acidente e alegou à imprensa negligência, já que não havia nenhuma placa informando que o elevador não estava funcionando. Segundo as testemunhas, o elevador não tinha piso, mas as portas se abriram quando ele foi acionado e o idoso, que morava no prédio, despencou no buraco de uma altura de sete metros.