Julgamento do sargento Vieira será dia 5
Cotidiano 29/09/2011 15h28

Da redação F5 News

Os sargentos da Polícia Militar Vieira e Edgar estiveram, juntamente com outros policiais militares, na manhã desta quinta-feira (29), por volta das 8h, na Rua Boquim, em manifestação que terminou em frente à AMESE (Associação dos Militares do Estado de Sergipe), localizada ao lado do Quartel do Comando Geral (QCG).  A manifestação teve o objetivo de apoiar o sargento Edgar, que foi encaminhado ao Conselho de Disciplina da PM para ser julgado sob a acusação de insubordinação e motim. O julgamento, contudo, foi adiado. Já do sargento Vieira será julgado dia 5 de outubro.

Edgard Menezes disse ao portal F5 News que a primeira audiência com o Conselho Disciplinar da PM contou com um série de questionamentos realizados pelos seus componentes, como a explicação por assinaturas das assembléias e reuniões entre os militares que negaram participação.

Edgard questionou os membros do conselho se havia a suspeita de falsificação das assinaturas, o que foi negado pelo conselho. Segundo Edgard, o comandante reconheceu as assinaturas e constatou que não há falsificação nas atas, o que leva a crer que esteja havendo pressão contra os militares.

“Passei duas horas sendo ouvido pelo conselho disciplinar, que já mostra o ódio em querer me expulsar da corporação, fazendo as perguntas mais absurdas como se eu sabia como um militar que assinou a presença nas atas das reuniões, agora nega que tenha comparecido. Pedi que fosse feito exame grafotécnico das assinaturas, eles negaram, comprovando indiretamente que não estou mentindo. O próprio comandante reconheceu e não questionou a falsificação. Até parece que o movimento que tomou as ruas de Aracaju com milhares de pessoas não existiu e que estávamos fraudando, só falta dizerem isso”, comentou Edgard.

De acordo com policiais militares que apóiam os sargentos, o conselho serve para tentar expulsá-lo da polícia por conta de um papel de representatividade de classes contundente, com uma tentativa clara de querer calar a classe para não cumprir as demandas.

Sargento Vieira observou que o problema teve início com o episódio dos festejos juninos. Na época, houve questionamentos sobre as escalas de trabalho. Ele lembra que os policiais não queriam trabalhar em seus dias de folga. “O governo insiste em não cumprir as demandas que não implica em aumento salarial, mas moderação dos efetivos, exigência de nível superior, substituição das quentinhas pelo ticket alimentação, coisas que vão facilitar ainda mais para termos uma resposta melhor em termos de segurança”, pontuou.

O sargento disse ainda que o sistema atual precisa de pessoas mais qualificadas para estar na segurança, além do tratamento entre as polícias serem diferentes. “Porque a diferença de salários, já que todas as polícias são iguais? Porque uma polícia tem que ganhar duas vezes mais que a outra, já que todos se arriscam e lutam pelo mesmo propósito? Sem querer subestimar o trabalho dos colegas da polícia civil e não tenho na contra, só prezamos a igualdade e o governo precisa entender isso”, indigna-se.

Além de oficiais, estiveram presentes no conselho, o deputado estadual Zé Franco (PDT), deputado estadual Capitão Samuel (PSL) e o deputado federal Mendonça Prado (DEM). Mendonça, disse estar acompanhando de perto o interrogatório para observar que os procedimentos correm em obediência às normas constitucionais. “O papel aqui é de observar se há efetivamente o cumprimento da lei e nós precisamos resguardar o que estabelece na constituição do Brasil”.

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