Justiça Federal quer projeto de desassoreamento do rio Poxim
Medida é apontada como necessária para prevenir alagamentos na capital Cotidiano | Por Will Rodriguez 29/05/2020 11h40A Justiça Federal determinou que tanto o município de Aracaju quanto o governo do Estado apresentem o projeto de desassoreamento do rio Poxim. A medida foi apontada pelos próprios gestores como necessária para findar os recorrentes alagamentos na região do bairro Jabotiana, na zona oeste da capital sergipana, em períodos chuvosos.
Na decisão divulgada nesta sexta-feira (29), a juíza titular da 1ª Vara Federal de Sergipe, Telma Maria Santos Machado, estabelece o prazo de dez dias para que a administração pública demonstre a situação atual do plano para dragagem da bacia do Poxim. Como o F5 News mostrou na semana passada, a Prefeitura de Aracaju afirma que o projeto está pronto, mas depende da disponibilidade de recursos para ser executado.
Na liminar, a magistrada também determinou a apresentação de um plano conjunto ou individual de contingenciamento emergencial para os períodos de maior incidência de chuvas, que historicamente têm deixado dezenas de famílias desabrigadas.
Orçado em R$ 54 milhões, o projeto de retirada do material assoreado do rio Poxim, desde São Cristóvão até Aracaju, foi apresentado pelo prefeito da capital, Edvaldo Nogueira, em novembro do ano passado, mas está travado pela falta de orçamento.
Como ao longo dos anos a calha do rio vem sendo estrangulada, diminuindo a capacidade da sua vazão, conforme estudos técnicos da administração municipal, será necessário dragar 104.960 metros cúbicos de material do rio, ao custo estimado de R$ 26,4 milhões. Além disso, há a necessidade de execução de outros projetos, como a construção de piscinões e obras de drenagem para melhoria da canalização, correspondendo ao restante do valor orçado ( R$ 28 milhões).





