Justiça inicia julgamento de acusados pela morte de ex-procurador
Antônio de Melo Araújo foi atropelado em 2014 e PC concluiu que acidente foi criminoso Cotidiano | Por F5 News 28/08/2019 17h15 - Atualizado em 28/08/2019 18h17A Justiça iniciou o julgamento dos suspeitos de envolvimento na morte do procurador do Estado aposentado Antônio de Melo Araújo, atropelado aos 63 anos no dia 6 de abril de 2014 na avenida Melício Machado, em Aracaju (SE), enquanto fazia caminhada. A Polícia Civil concluiu as investigações e seguiu a linha de que o acidente foi criminoso.
No Fórum Gumersindo Bessa, nesta quarta-feira (28), desde a manhã, testemunhas do caso foram ouvidas. Entre as arroladas no julgamento desta quarta está a primeira esposa do ex-procurador que falou sobre o relacionamento dele com a família e com a viúva, apontada como principal suspeita.
São três réus no processo, entre eles a viúva da vítima, Anoilza Santos Gama Melo de Araújo, que segundo a polícia teria premeditado o crime, motivada por uma possível separação, Gabriel Ernesto Nogueira de Oliveira - segundo a polícia responsável por contratar os executantes - e Manoel Nogueira Neto, pai de Gabriel Ernesto, apontado como responsável por conseguir o veículo utilizado no atropelamento.
Também foi ouvida a companheira de Gabriel Ernesto, uma conhecida de Anoilza, que deu detalhes sobre o início do relacionamento entre o casal. A previsão é de que o julgamento se estenda ainda por alguns dias. Durante todo o julgamento, cerca de 17 pessoas devem ser ouvidas, entre elas os três réus e outras 14 testemunhas, entre acusação e defesa.
Em entrevista à TV Atalaia, a filha do procurador aposentado, Luanda Araújo, disse que a família descarta a possibilidade de acidente de trânsito, acreditando em crime de mando, e cobra por justiça. A filha também comentou a relação com o pai que costumava a praticar caminhada na região. "A gente esperou muito por esse momento e esse dia chegou, de fazer justiça, para que tudo seja esclarecido e a gente possa tirar um pouco dessa angústia. Meu pai sempre foi uma pessoa muito amorosa, sempre nos deu muito amor e eu não consigo imaginar e entender como um ser humano pode tirar a vida de outro seja por motivo for", disse.
O caso
As investigações da Polícia Civil apontaram que o ex-procurador teria sido atropelado propositalmente por dois homens que estavam em um veículo Polo, de cor prata, com placa de Alagoas. Na época, a suspeita inicial é de que o veículo estaria participando de um racha. O carro foi abandonado em uma estrada vicinal cerca de 500 metros do local onde ocorreu o fato e os homens fugiram em um táxi. Até então, eles não foram identificados. A polícia desconfiou das condições em que o veículo foi encontrado e, posteriormente, localizou uma carta de despedida supostamente deixada pela vítima antes de morrer, mas que se constatou ser falsa, segundo também alegou a família.
Na época cinco pessoas foram presas, incluindo uma colega de Anoilza, mas que foi liberada uma semana depois da prisão. Em 2015, em audiência de instrução e julgamento, porém, foram julgados como suposta articuladora do crime a viúva da vítima, e posteriormente os supostos participantes: Manoel Nogueira Neto, Gabriel Ernesto Nogueira de Oliveira e Felipe Dias Gomes (genro de Anoilza), que alegaram inocência.


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