Sergipe
Lêda Lúcia assume Inclusão Social prometendo “respeito às diversidades”
A nova secretária foi uma indicação da vice-governadora Eliane Aquino
Cotidiano | Por Will Rodriguez 16/01/2019 11h21 - Atualizado em 16/01/2019 13h22

A nova secretária da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho de Sergipe, Lêda Lúcia Couto, tomou posse na manhã desta quarta-feira (16). Médica doutora em Saúde Coletiva pela Unicamp, ela assume a gestão da pasta com a promessa de respeitar a diversidade social e enfrentar o que chamou de “austeridade burra” com criatividade.

Segundo a secretária, a limitação de recursos imposta pela crise econômica que afeta o Estado não pode servir de desculpa para omissão quanto à construção de caminhos para promoção da cidadania. “Essa é a posse de todos os movimentos sociais e populações vulneráveis e o nosso foco de trabalho será buscar a inclusão social pela renda. Vamos articular as ações de todas as áreas da Secretaria para conseguir reduzir as desigualdades em nosso estado”, disse Lêda Lúcia, ressaltando que pretende conversar com o setor produtivo para facilitar o acesso de jovens ao mercado de trabalho.

Outra preocupação, na ótica da secretária, é conseguir enfrentar os variados tipos de violência contra pessoas em situação de vulnerabilidade. Para isso, ela pretende trabalhar em conjunto com outras Secretarias. “Sergipe tem um dos maiores índices de feminicídio, por exemplo”, citou Couto.

Lêda foi indicada pela vice-governadora Eliane Aquino (foto), para quem o atual contexto político do país impõe uma soma de esforços ainda maior pela preservação de direitos. “Carregamos o sonho de incluir pelo direito e pela renda. Precisamos das políticas públicas acontecendo de verdade para melhorar os índices desse Estado para não termos vergonha do diagnóstico“

Durante a posse, a nova secretária recebeu símbolos culturais de representares de alguns segmentos da sociedade, especialmente os considerados grupos vulneráveis, como negros, homossexuais, mulheres e pessoas com deficiência. As lideranças de entidades que representam essa população cobraram efetividade das políticas públicas.

Para a representante do movimento negro em Sergipe, Sônia Oliveira, que também integra a Comunidade OJÚ IFÁ, é preciso criar uma rede que discuta as políticas públicas para que “todas as minorias, quantitativas ou sociais, sejam ouvidas e tenham voz, representatividade e qualidade de vida”.

Citando o Brasil como país que mais mata homossexuais no mundo, o representante da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (Adhons), Marcelo Lima, alertou para a necessidade de prevenir a violação dos direitos humanos. “O que precisamos é de educação, assistência social, cultura e lazer, serviços dos quais essa população foi historicamente excluída”, declarou.

*Texto ampliado às 13h17

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