Mais da metade da população sergipana apresenta algum tipo de insegurança alimentar. É o que aponta levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse indicador corresponde a 1,1 milhão de pessoas no estado. 

Do total, cerca de 117 mil sergipanos enfrentavam insegurança alimentar grave - não tinham acesso suficiente a alimentos e passavam fome, incluindo crianças, entre 2017 e 2018, anos de referência da Pesquisa de Orçamentos Familiares.

A insegurança alimentar moderada indica uma redução quantitativa de alimentos no domicílio e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos, mas, em ambos os casos, com repercussão direta restrita aos adultos. Em Sergipe, eram 296 mil pessoas nessa condição.

Do total de pessoas que viviam em domicílios com insegurança alimentar no estado, a maioria estava na situação menos crítica da escala: 760 mil pessoas classificados no grau leve, o que indica uma preocupação ou uma incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro ou uma alimentação inadequada.

Para combater a insegurança alimentar, o governo do Estado lançou ontem, junto com o Ministério da Economia, o programa de Aquisição de Alimentos que vai disponibilizar recursos da ordem de R$ 11 milhões com a finalidade de atender famílias em situação de vulnerabilidade social por meio da distribuição de alimentos adquiridos de agricultores familiares sergipanos. 

Pelos cálculos do governo, serão atendidos 69 municípios sergipanos, beneficiando cerca de 400 agricultores familiares com a aquisição de alimentos, que serão posteriormente doados a 350 entidades da rede socioassistencial e outros 100 de povos e comunidades tradicionais.