Mais de 700 pessoas já foram assassinadas em Sergipe este ano
SSP aponta queda da ocorrência e foca no combate ao tráfico de drogas para continuar redução Cotidiano | Por Will Rodriguez e Fernanda Araujo 02/10/2018 14h00 - Atualizado em 02/10/2018 14h06Mais de 700 pessoas perderam a vida em ação criminosas tipificadas como homicídios dolosos pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de Sergipe, de janeiro a setembro deste ano. Os dados foram apresentados pela pasta no final da manhã desta terça-feira (2), durante reunião do Gabinete de Gestão Operação (CGO).
De acordo com a SSP, Sergipe registrou 740 homicídios dolosos nos primeiros nove meses deste ano, um número 8,2% menor do que no mesmo período de 2017, quando 806 pessoas foram assassinadas no estado. A maior parte dos crimes (373) aconteceu no interior sergipano, enquanto 367 ocorreram na região metropolitana de Aracaju.
No mês de setembro, a SSP contabilizou 52 homicídios no estado, número semelhante ao registrado no ano de 2017. Na capital sergipana, o número de casos foi de 11 e caiu pela metade em relação ao ano anterior, quando ocorreram 22. Entre os municípios da Grande Aracaju, Nossa Senhora do Socorro é o único com maior incidência criminal, ainda assim, conforme o secretário João Eloy, a curva é decrescente.
“Socorro esse ano reduziu mais de 20% dos índices, ou seja, estamos no caminho certo. Pode ter certeza que com o apoio que o governo vem dando à Segurança Pública a tendência é reduzir ainda mais. No último semestre em Socorro tivemos elucidação do crime em quase 100% e prisão de mais de 30 homicidas. Isso é fruto do trabalho de integração das polícias, Denarc, Dipol, Cope, DHPP para reduzir os índices”, disse Eloy.
Na avaliação da cúpula da SSP, apesar da redução, os números ainda estão distantes das metas preconizadas por organismos internacionais, como a ONU, e a orientação é fazer frente ao tráfico de drogas, raiz de quase 80% dos homicídios praticados em todo o território sergipano.
“É um trabalho que precisamos continuar fazendo, com a presença ostensiva da PM cada vez maior, com foco principal na questão dos homicídios. A nossa preocupação precisa ter foco no estado e em toda a cidade, mesmo naquelas áreas que historicamente não têm delitos, não podemos permitir que os delitos cheguem, mas as áreas em que a Força Nacional ainda está atuando, como Zona Norte e Santa Maria, são importantes”, ressalta o comandante da PM, coronel Marcony Cabral.
Para alcançar esse objetivo, o secretário da Segurança anunciou a reestruturação do Departamento de Narcóticos (Denarc), que passará a atuar de forma mais integrada com os serviços de inteligência da Polícia Civil e Polícia Militar.
“Estamos tirando o Denarc do bairro São José [zona sul de Aracaju] e vamos colocar em prédio próprio no conjunto Bugio [zona norte]. Estamos criando no Denarc um braço da divisão de inteligência, o Dipol, para trabalhar com a PM e estamos colocando câmeras em todos os pontos da entrada e saída de Aracaju e nas divisas do estado para o combate ao tráfico”, acrescentou João Eloy.


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