Mais de sete mil mulheres realizaram exames de mama em Sergipe
Com políticas de saúde permanentes, atualmente não há filas para exames no estado Cotidiano | Por Saullo Hipolito 22/10/2019 14h30 - Atualizado em 22/10/2019 19h54Com acesso facilitado, as mulheres sergipanas têm cada vez mais buscado precocemente o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama, que continua sendo a segunda causa de mortes do gênero no Brasil. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o trabalho preventivo vem apresentando resultados positivos e não há filas para a realização de exames nos locais determinados para o procedimento.
O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) é referência nesse tipo de atendimento em Sergipe, sendo o único a ofertar desde consultas especializadas até o diagnóstico com exames específicos.
Conforme detalhado pela SES, no período entre janeiro e setembro deste ano foram realizados mais de sete mil atendimentos, entre em procedimentos mamários (3.757), mamografias bilaterais (3.632), magnificações mamárias (107) e compressões (18). Um saldo bastante positivo, segundo avalia a referência técnica do Programa Estadual de Saúde da Mulher da SES, Rita Bittencourt (foto abaixo).
"Nossas estimativas são altas, segundo o Inca, a expectativa é de que cerca de 60 mil mulheres (terem o câncer de mama); em Sergipe são previstos 500 diagnósticos, ou seja, um número bastante alto, onde as mulheres são mais acometidas, o que não exclui a ocorrência nos homens", salientou.
Há alguns fatores de risco que podem ser percebidos, como o genético, que é responsável por 10% dos cânceres, entretanto, os fatores de comportamento podem ser evitados, a exemplo da obesidade. Adotar hábitos como a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos são benéficos nesse combate.
"Existem também fatores que fogem da governabilidade da mulher. As mulheres que menopausam tardiamente ou menstruam precocemente têm uma maior tendência a desenvolver o câncer de mama. Aquela que pariu tardiamente ou que não amamentou também entra nesse grupo", afirmou Rita Bittencourt.
Por isso, é indicado o autoexame das mamas mensalmente, a mamografia anual e, ao menor sinal de alteração, ir ao mastologista ou ginecologista.
Seminário
Com o tema 'Câncer de Mama, um debate para o melhor cuidado', foi realizado na manhã desta terça-feira (22) um seminário no Centro Administrativo da Saúde Senador Gilvan Rocha. O evento faz parte das promoções dentro do mês de outubro, referente ao Câncer de Mama, e contou com três palestras e depoimentos para trabalhadores da Atenção Primária à Saúde dos municípios.
"Todos os meses devem ser rosa, a mulher tem que ser protagonista do seu próprio corpo. O mais importante é a prevenção ao câncer de mama, o diagnóstico precoce, do que necessariamente na mamografia, como se costumava trabalhar. É óbvio que ela é importante, mas esse exame tem um grupo prioritário (mulheres de 50 a 69 anos) e isso não significa que mulheres de idades mais baixas não possam ter o câncer", disse Rita Bittencourt.
Quando descoberto antecipadamente, a chances de cura são de 95%, como aconteceu com a assistente social Aida Santana, que descobriu há dois anos um câncer e já está curada. Nessa manhã ela compartilhou seu relato e emocionou bastante mulheres com sua história de força e superação.
"Recebi o diagnóstico no período em que saiu a minha aposentadoria, foi uma mudança muito grande na minha vida e na da minha família. Eu digo que saio mais fortalecida dessa batalha, não sabia que era tão forte até o dia que ser forte era minha única opção. A mulher não pode deixar de viver", ressaltou Aida Santana.
Foto pricipal e 2: Flávia Pacheco/ SES
Foto 3: Saullo Hipolito/ F5 News


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