Manchas encontradas em praias são de petróleo cru, afirma Ibama
Oito estados do Nordeste foram atingidos pela substância, de origem não identificada Cotidiano | Por F5 News 25/09/2019 16h30 - Atualizado em 25/09/2019 20h20As manchas oleosas encontradas em praias do Nordeste nos últimos dias são de petróleo cru. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o petróleo já atingiu o litoral de 46 municípios distribuídos em oito estados da região. Até o momento, 99 localidades foram afetadas pela substância, cuja origem ainda não foi identificada e, conforme a apuração, o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil.
Na última terça-feira (24), manchas foram localizadas às margens das praias dos municípios de Pacatuba e de Pirambu, em Sergipe, cerca de 30 km após a Reserva Biológica de Santa Isabel. De acordo com a Marinha, a Capitania dos Portos teve conhecimento do aparecimento e tomou algumas providências, como a verificação da extensão da área afetada e a localização do possível ponto de origem do material. No local, foram coletadas amostras e estabelecida a área afetada pelas substâncias oleosas.
Conforme o resultado das amostras, solicitadas anteriormente pelo Ibama e pela Capitania dos Portos, a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo. A análise foi feita pela Marinha e pela Petrobras.
O surgimento dessas substâncias foi detectado desde segunda (23), no litoral do Maranhão. Em seguida foram encontradas manchas similares na costa do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e por fim no litoral norte sergipano.
O Ibama, juntamente com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (DF), Marinha e Petrobras, realizam ações com o objetivo de investigar as causas e responsabilidades do despejo no meio ambiente. A investigação aponta que o petróleo que está poluindo todas as praias seja o mesmo. Contudo, a sua origem ainda não foi identificada.Ainda de acordo com o Instituto, em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil. "O Ibama requisitou apoio da Petrobras para atuar na limpeza de praias. Nos próximos dias, a empresa irá disponibilizar um contingente de mais de 100 pessoas. Após verificação dos relatórios e gráficos mais recentes sobre a situação das manchas de óleo nas praias do Rio Grande do Norte, os analistas da equipe de monitoramento concluíram que a situação no estado é estável até o momento. Por isso, o grupo de comando foi transferido de lá para o Maranhão, onde estão chegando novos vestígios de óleo. O Ibama continuará acompanhando as ações de limpeza no litoral potiguar", informou.
Monitoramento e limpeza em Sergipe
A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) informou que está fazendo o monitoramento da costa norte; uma equipe se deslocou na manhã de hoje (25) até o município de Pirambu, onde os trabalhos de limpeza estão previstos para serem iniciados na quinta, devido à maré baixa que ocorrerá a partir das 19h desta quarta. Dez técnicos e 15 agentes ambientais da Petrobras serão disponibilizados para fazer a retirada manual, utilizando pás e carrinhos de mão e colocando o material recolhido em um armazenamento temporário.
"Caso não apareçam novas manchas, concluiremos os serviços até a sexta-feira, 27. No entanto, não podemos precisar se no decorrer das próximas horas ou dias, a correnteza não trará outra quantidade da substância. Estamos com uma equipe de 15 agentes ambientais e cinco técnicos, executando os serviços na praia de Ponta dos Mangues, onde também apareceu a substância, porém em menor quantidade do que a encontrada aqui ", declarou o supervisor ambiental da Petrobras, Luiz Henrique Ramos.
"Constatadas as manchas na areia da praia, elaboraremos um relatório e, juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, faremos o monitoramento diário e acompanharemos o trabalho da Petrobras", afirmou o engenheiro fiscal da Adema, David Mota Almeida.
Ainda segundo a Adema, a retirada do material já foi iniciada ontem. Amostras da substância foram coletadas e enviadas para um laboratório em Salvador para análise do DNA do material e assim descobrir a origem do produto. Com auxílio de drone, durante todo o dia de hoje, uma equipe do órgão fez vistoria e sobrevoou a área em uma aeronave do Grupamento Tático Aéreo, cedida pela SSP. Na vistoria realizada não foi notada a presença da substância.
Animais atingidos
Com relação à fauna atingida, foram encontrados ao todo 9 animais até o momento, sendo 8 tartarugas e uma ave conhecida como bobo-pequeno. Entre os animais recolhidos, uma tartaruga-marinha foi devolvida ao mar por populares e uma tartaruga-oliva foi encaminhada com vida ao Projeto Cetáceos da Costa Branca pra reabilitação, ambas no Rio Grande do Norte.
No Maranhão, uma das tartarugas oleadas encontradas estava viva e foi devolvida ao mar por populares. Os demais animais encontrados estavam mortos ou morreram posteriormente.
O Ibama informa ainda que, até o momento, não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos. A avaliação da qualidade do pescado capturado nas áreas afetadas para fins de consumo humano é competência do órgão de vigilância sanitária. Os banhistas e pescadores não devem ter contato com o material. Caso seja identificado produto no mar ou nas praias, o cidadão deve informar o local à prefeitura. O óleo recolhido deve ser destinado adequadamente, não sendo recomendado misturá-lo com o resíduo comum, alerta o Instituto.
O Instituto orienta que, caso alguém encontre animal com óleo, sejam acionados imediatamente os órgãos ambientais para adotar as providências necessárias. O animal não deve ser lavado nem devolvido ao mar antes da avaliação de veterinário.
*Com informações do Ibama e da Agência Sergipe de Notícias


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