Manifestantes tentam impedir fechamento da maternidade de Capela
Baixa produtividade é apontada como motivo para suspensão dos atendimentos Cotidiano | Por Will Rodriguez e Saullo Hipolito 29/10/2019 11h50 - Atualizado em 29/10/2019 12h08Dezenas de manifestantes ocuparam a frente do Palácio dos Despachos, em Aracaju, desde o meio da manhã desta terça-feira (29), para pedir que o governador Belivaldo Chagas cancele o fechamento do Centro Obstétrico Dr. Leonor Barreto Franco, no município de Capela (SE), previsto para ocorrer nesta quarta-feira (30).
A decisão da Secretaria de Estado da Saúde foi motivada pela baixa produtividade da unidade e a falta de interesse dos médicos que nela trabalham, mas os dados da pasta são contestados.
Segundo a técnica de enfermagem Elaine Damacena, a capacidade operacional da estrutura não está sendo utilizada integralmente pela falta de profissionais. "A escala de obstetras, por exemplo, está incompleta. Essa é uma questão humanitária, por isso o governador precisa ter um olhar especial", disse ao F5 News, acrescentando que apenas quatro obstetras atuam na maternidade atualmente.
Com 24 leitos obstétricos, a maternidade existe há 19 anos e chegou a suspender alguns serviços em 2016. Desde então, a ameaça de fechamento ronda a unidade, que possui mais de 60 funcionários. "Todos nós fomos pegos de surpresa. Não há na região outra unidade com estrutura tão adequada. O que falta é investimento na valorização profissional", afirmou a secretária da Saúde de Capela, Larissa Mamlak.
Por telefone, segundo a deputada estadual Kitty Lima, o governador concordou em suspender o fechamento e abrir um canal de diálogo com representantes do município. "O povo de Capela e também das cidades vizinhas quer respostas. Os dados apresentados não condizem com a verdade. É preciso discutir a situação com a população", declarou a deputada.
Procurada pelo F5 News, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) se comprometeu a enviar uma nota sobre o assunto, mas não se manifestou até a publicação desta notícia.
No final da manhã, a questão começou a ser discutida no Ministério Público do Estado (MPE).


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