Menino de 12 anos morre após fazer desafio do desodorante em Aracaju
Essa foi a terceira vez que o menor fez o procedimento, mas não resistiu
Cotidiano | Por Saullo Hipolito 07/10/2020 10h54 - Atualizado em 07/10/2020 12h11

Um garoto de 12 anos morreu nesta quarta-feira (7), em Aracaju, após tentar pela terceira vez realizar um perigoso desafio que circula na internet. Nele, os jovens inalam gás de desodorante aerossol pelo maior tempo que conseguirem.

Em conversa com o F5 News, uma pessoa ligada à família do garoto - que terá a identidade preservada - disse que ele realizou o procedimento na hora em que entrou no banheiro para tomar banho. Familiares da vítima não perceberam que o jovem tomaria tal atitude e só escutaram o momento em que ele pediu socorro. Com a porta trancada, o acesso ao banheiro foi dificultado, o que atrapalhou o socorro à vítima.

De acordo com familiares da vítima, o menino morava com a avó materna e uma tia no mesmo prédio em que sua mãe vivia na zona Norte da capital sergipana. Ele já havia realizado essa prática em outras duas oportunidades, mas não tinha sofrido danos sérios.

“Nas duas primeiras vezes ele passou mal, mas como o produto era suave, não houve riscos de morte como agora. A gente não imaginava que isso iria se repetir, pois já havíamos conversado com ele”, disse um familiar ao F5 News, enquanto aguardava a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML).

Ainda segundo relatado à reportagem, o menor ganhou um celular recentemente e as práticas teriam sido iniciadas desde então.

A Polícia Civil vai investigar o caso, mas a definição sobre qual delegacia conduzirá o inquérito ocorrerá após a necropsia que está sendo feita no IML. O enterro da criança deve ser realizado na tarde desta quarta-feira (7).

Por meio de nota divulgada  no final da manhã, o Instituto Médico Legal (IML) informou que a causa da morte está sendo apontada, até o momento, como a respiração do conteúdo de uma embalagem de desodorante. De acordo com o diretor do IML, Vitor Barros, ao fazer a aspiração desse conteúdo, a vítima ficou submetida a um processo de hipóxia, a queda de saturação e de absorção de oxigênio. O ar contido na embalagem não possui oxigênio. 

Ele explica também que o processo é similar ao que ocorre em um afogamento, quando se tenta respirar, mas não se consegue absorver o oxigênio. "Após a chegada do corpo, será procedido o exame interno e as amostras de tecido e de fluidos serão encaminhados a laboratório, para a comprovação da causa da morte", disse.

*Matéria alterada às 12h11 para acréscimo de informação

Edição de texto: Monica Pintosh
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