Hospital
Ministério Público faz balanço de intervenção realizada no Cirurgia
Operação Metástase segue ativa e novas ações devem ser realizadas
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 03/06/2019 14h07

Após seis meses de intervenção, o Ministério Público de Sergipe  apresentou, na manhã desta segunda-feira (3), o balanço da intervenção realizada no Hospital de Cirurgia,  em Aracaju. De acordo com os representantes do órgão, a Operação Metástase continua em vigor. Entre outros desdobramentos que restam ser concluídos, está a investigação da execução e contratação das obras do Hospital de Cirurgia.

Conforme informações do promotor de justiça Bruno Melo, diretor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco),  essa é uma das mais complexas investigações do processo. Ainda segundo informações dele, com o relatório finalizado, no máximo em julho um novo processo será ajuízado com uma nova denúncia.

Durante a operação, alguns processos ainda foram arquivados. O início das investigações desses processos foi introduzido pelo Coaf, com movimentações  classificadas como atípicas, ou seja, poderiam não ser criminosas. "Das pessoas públicas que fizeram movimentações, o caso de alguns médicos nós arquivamos. Nos de pessoas públicas, arquivamos o caso de Christian Oliveira, presidente do Ipesaúde, e o de Thiago Santos, filho do ex vice-prefeito de Nossa Senhora das Dores, Gilberto Santos", afirmou promotor Bruno Melo.

Ainda conforme informações do promotor, em relação ao diretor-presidente do Cirurgia, Milton Santana, e ao coordenador do setor de compras do hospital, André Santana, pai e filho, além do ex-presidente do Cirurgia Gilberto dos Santos, existem denúncias de associação criminosa, entre outros crimes que constam na denúncia.

O Ministério Público acredita que houve enriquecimento ilícito por parte deles, principalmente em relação ao adiantamento de salário, no valor de quase R$ 700 mil, que nunca foi ressarcido aos cofres do hospital. O documento é constatado nos novos valores das planilhas do hospital.

"Constatamos também que foi adquirido um terreno num valor superior, sem nenhuma autorização. Simplesmente o Gilberto Santos comprou com o valor dobrado. O denunciado já apresentou defesa e aguardamos as instruções deles. Em relação à empresa Comex, o empresário, o contador e uma laranja estão envolvidos na ação", afirmou.

De acordo com o promotor, é possível recuperar os valores desviados com sequestro dos bens. Os pleitos tem sido deferidos pelo juiz e alguns bens em nome dos envolvidos já estão bloqueados. Prisões foram pedidas, mas negadas em juízo. O Ministério recorreu e aguarda a decisão de segundo grau.

Bruno Melo informou que ainda podem acontecer outros processos de intervenção. De acordo com o promotor, há outros procedimentos a serem instaurados, como referentes a remédios vencidos, ou às usinas de oxigênio, quando se pagavam duas onde existia uma apenas.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araújo

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