Sergipe
Mobilização dos policiais civis não afeta atendimento à população
Delegada geral diz que não aceitará proposta que retire direitos da categoria
Cotidiano | Por Will Rodriguez 25/09/2019 14h15 - Atualizado em 26/09/2019 07h49

Agentes e escrivães da Polícia Civil de Sergipe continuam mobilizados, nesta quarta-feira (25), mas sem reflexos significativos no atendimento à população nas delegacias e unidades especializadas. A categoria é contra uma proposta da Associação dos Delegados da Polícia Civil de Sergipe (Adepol) que prevê a criação de dois cargos de nível médio na carreira policial.

Em entrevista coletiva no final da manhã, a delegada-geral da PC, Katarina Feitosa, assegurou que a proposta da Adepol não foi oficialmente apresentada à cúpula da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e, portanto, não pode ser levada em consideração para efeitos da negociação mantida entre o Governo do Estado e a categoria.

“Esse projeto não passou pelo crivo da cúpula da SSP. O que existem são propostas na mesa de negociação ao governo, mas essa da Adepol não está nessa mesa. Garanto que nada que prejudique os delegados, agentes e escrivães será encaminhado à Alese”, disse Katarina.

Katarina Feitosa afirmou ainda não vislumbrar motivos para a deflagração de um movimento paredista. Em Aracaju, segundo o Sinpol, paralisações pontuais têm sido realizadas de forma espontânea pelos policiais em unidades especializadas, a exemplo do Departamento de Narcóticos (Denarc) onde a mobilização ocorreu hoje.

“As delegacias continuarão funcionando. Não podemos permitir que questões ideológicas entre sindicatos venham perturbar ou impedir o atendimento à sociedade”, afirmou Feitosa.

O presidente do Sinpol, Adriano Bandeira, diz confiar na cúpula da SSP, bem como no governador Belivaldo Chagas, quanto à manutenção da carreira policial nos moldes atuais. Ele classificou a proposta da Adepol como um retrocesso.

“Continuaremos firmes na proteção dos direitos da categoria porque esse projeto é uma afronta direta ao policial civil , à sociedade e ao governador. Ele gerou um clima de revolta em todas as delegacias do Estado de Sergipe, é um desrespeito ao cidadão”, declarou Bandeira, ressaltando que o Sindicato não pensa em paralisações.

Em nota, a Associação dos Delegados disse ter proposto a criação das novas carreiras de Investigador e de Escrevente com uma tabela remuneratória própria, que não se confunde com a tabela das carreiras de Agente e de Escrivão. Segundo a Adepol, a sugestão quanto à escolaridade visa oportunizar “vários jovens, que sonham integrar a Polícia Civil e não têm o nível superior completo, o ingresso na instituição”.

No projeto, a Adepol também defende a criação de especialidades para os cargos de Investigador, nas áreas de contabilidade, tecnologia da informação e meio ambiente. “Esses investigadores especialistas auxiliariam as investigações em que conhecimentos mais específicos são cruciais para o sucesso dos trabalhos, a exemplo das investigações de crimes de colarinho branco, ambientais e informáticos”, diz a nota.

 

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