Moradores de ocupação cobram auxílio moradia à Prefeitura de Aracaju
Grupo diz ter sido recebido com gás de pimenta pela Guarda Municipal, Prefeitura nega
Cotidiano | Por Saullo Hipolito* 21/03/2019 10h30 - Atualizado em 21/03/2019 10h54

Desde a manhã desta quinta-feira (21), moradores de uma ocupação do bairro Santa Maria, na zona Sul de Aracaju, tentam dialogar com o prefeito Edvaldo Nogueira e a Secretaria de Assistência Social para cobrar o auxílio moradia que está atrasado, mas alegam que foram recebidos com gás de pimenta pela Guarda Municipal - o que a prefeitura nega.

De acordo com as pessoas no local, o ataque da Guarda Municipal de Aracaju (GMA) aconteceu logo na chegada deles à porta da Prefeitura. Crianças, mulheres e homens foram atingidos e alguns chegaram a  passar mal.

Com dificuldades na fala por causa do efeito do gás que teria recebido no rosto, Antony da Costa disse à TV Atalaia que a situação é humilhante. “Viemos reivindicar um projeto de moradia para pessoas que precisam de um local para morar desde 2013. Houve uma reunião com o gestor em 2017, para apresentar um projeto de habitação e até hoje nada. As famílias estão desesperadas, por não saber quando vão ter uma moradia digna”, afirmou.

Ainda conforme ele, o atraso no auxílio moradia se arrasta há dois anos. “Todo mundo que precisa de um auxílio moradia deve se unir a gente, temos que somar forças”, afirmou Antony.

Procurado pela equipe de reportagem do F5 News, o secretário adjunto de Comunicação, Luciano Correia, garantiu que não houve nenhuma truculência por parte dos guardas municipais. “Pelo contrário, eles (os manifestantes) tentaram invadir o local”, afirmou.

A gestão municipal ainda disse que uma reunião havia sido marcada para a última terça-feira (19), mas o representante da ocupação, Antony da Costa, não compareceu.

Com relação ao plano de moradia apresentado em 2017, a assessoria confirmou, mas colocou  a crise financeira no país como  impedimento à agilidade do processo. “A gente vem trabalhando, mas a aplicação da política depende, principalmente, da União, com a restrição de investimentos no campo de moradia pela Caixa, pelo Governo Federal, os municípios acabam sendo afetados”, afirmou Luciano Correia.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

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