Moradores de Tabocas realizam protesto em frente à Adema
Cotidiano 13/02/2012 12h06

Por Fernanda Araujo

Moradores de Tabocas, povoado do município de Nossa Senhora do Socorro, a 19 km da capital, realizaram uma pequena manifestação nesta segunda-feira (13) em frente à Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), localizada no Distrito Industrial de Aracaju. Pedindo o apoio de Genival Nunes, presidente do órgão, os moradores não aceitam a instalação de um aterro sanitário na comunidade, um empreendimento da empresa Torre.

Segundo o presidente da Associaçãodos Moradores de Tabocas, Valtemir Henrique Santana (foto abaixo), o aterro irá prejudicar economicamente e socialmente o povoado. “Elaboramos um documento de 33 páginas onde a gente aponta algumas razões técnicas pelas qu

ais o aterro não deve ser instalado, situações relatadas no próprio relatório de impacto ambiental apresentado pela Torre, que deixa claro que haverá prejuízo para a comunidade. Nós protocolamos nesse momento a Genival Nunes, para que faça parte do processo”, disse.

O protesto envolveu alguns representantes da comunidade, entre eles, jovens, adultos, idosos e até crianças. “Nós entendemos que toda a comunidade está envolvida no processo, vamos valorizar as pessoas que são o retrato da comunidade. Todas as idades estão preocupadas em ter um aterro sanitário em nosso quintal”, afirmou Santana.

Esse protesto vem desde o dia 31 de janeiro deste ano, quando ocorreu uma audiência pública no município de Socorro e os moradores estiveram presentes contra a implantação do aterro. Amanhã, 14, completam-se os 10 dias úteis em que o Ministério Público solicitou uma manifestação por escrito da Adema. Os moradores têm o apoio da Vigilância Sanitária em conjunto com a Organização Não Governamental Instituto Acauã e a Comissão de D

ireito Ambiental da OAB, além de uma comissão de moradores composta por 17 pessoas.

O aterro está em fase de licenciamento pela Adema e a Torre precisa da autorização do órgão para ser instalado. O procedimento atual foi enviado pela Torre no dia 30 de dezembro de 2011. Mas, segundo Valtemir, este mesmo processo foi realizado em 2002, quando a Torre tentou instalar neste mesmo terreno. “Essa tentativa foi derrubada através de procedimentos legais, do relatório da Deso, Secretaria do Meio Ambiente, parecer da Procuradoria Federal. A licença Inclusive chegou a ser assinada em 2002, mas a reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente derrubou essa licença em novembro de 2003. Então hoje a vale a resolução 15 de 2003 do Conselho, que cassou a licença. Mas em detrimento de tudo isso a Torre deu entrada como se fosse um novo empreendimento em outro lugar, mas é o mesmo”.

Santana diz que o momento agora é esperar as declarações da Adema e uma nova audiência que foi solicitada na segunda-feira, dia 6, em prol de novos esclarecimentos.

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