Moradores do Santa Lúcia dialogam com o Governo sobre enchentes
Belivaldo Chagas pede cerca de 45 dias para encontrar solução para problemas Cotidiano | Por Saullo Hipolito 01/08/2019 11h48 - Atualizado em 01/08/2019 17h30A discussão sobre o que será feito com as obras na Lagoa Doce, no bairro Jabotiana, em Aracaju, se estendem e, na manhã desta quinta-feira (1), representantes das comunidades de diversas regiões do local se reuniram com o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, para discutir novos caminhos que podem ser traçados. Belivaldo garantiu que em um prazo de até 40 dias apresentará solução.
Vítimas das últimas enchentes, moradores de conjuntos habitacionais do Sol Nascente, Santa Lúcia, Jk e Largo da Aparecida vêm cobrando posicionamento dos representantes municipal e estadual referente às obras que acontecem na Lagoa Doce do bairro Jabotiana. Após um reunião na última segunda-feira (29), com Edvaldo Nogueira, foi a vez de Belivaldo Chagas ouvir os moradores e colocar sua posição.
Ele ressaltou à imprensa a importância de se discutir uma das questões, que é a dragagem da lagoa, entretanto, com relação ao aterramento para a construção da estação de tratamento feita pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Belivaldo afirmou que a lagoa nasceu a partir de uma desordem urbana, em que pessoas retiravam areia da localidade, além de garantir que o aterramento não é responsável pelas enchentes.
"A parte que será aterrada representa 12% da lagoa, não é o fato de paralisar a obra que vai resolver o possível problema das enchentes [em caso de fortes chuvas]. Temos vários problemas, é importante ouvirmos a comunidade, mas também sentar com o município de Aracaju para buscar recursos nos três poderes", afirmou o governador.
Para o presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Gilvan Dias, o órgão daria passos contrários ao que defende se a obra aviltasse o meio ambiente. "Seria uma aberração se a Adema se voltasse contra o seu papel institucional. Do ponto de vista ambiental, as licenças foram todas expedidas de acordo com a conformidade legal da legislação vigente", disse.
Essa é a defesa também dos técnicos da Deso, o representante da Diretoria de Expansão e Meio Ambiente da Deso, Gabriel Campos, garantiu que em uma oportunidade anterior foi disponibilizado todo o processo executivo que serviu para dirimir quaisquer dúvidas da população.
"Algumas pessoas distorcem a informação, alegando que as obras são responsáveis pelo alagamento, mas sabemos que não há vinculação com as enchentes", salientou o representante, ressaltando que a estação vai contribuir com a despoluição na região.
Contudo, os moradores pensam contrário e defendem que a área é um escoador importante em épocas de chuva, além de criticar o impacto ambiental que a obra pode causar.
Assim como Edvaldo, que informou que um estudo também está sendo elaborado sobre o caso, Belivaldo disse que os projetos em questão serão avaliados e a partir de um posicionamento, eles serão resolvidos de acordo com a sua prioridade.
Os moradores saíram esperançosos da reunião, almejando um desfecho positivo. "Entendemos que tivemos avanços, é importante continuar avançando. Só ficaremos satisfeitos quando recuperarem a Lagoa Doce e quando as ações de combate às enchentes forem colocadas em prática", afirmou o morador Flávio Marcell.


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