Moradores voltam a protestar contra aterramento de lagoa
Adema diz que acompanha a obra e um terço da área será aterrada Cotidiano | Por Fernanda Araujo 11/03/2019 12h57 - Atualizado em 11/03/2019 13h22O aterramento de parte de uma lagoa no bairro Jabotiana, oeste de Aracaju (SE), tem gerado polêmica e muita crítica entre os moradores da região, que voltaram a protestar na manhã desta segunda-feira (11). A Lagoa Doce tem uma extensão de 18 hectares e fica ao lado da vazante do rio Poxim, importante para o escoamento da água da chuva.
A reclamação é constante desde que a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) iniciou os trabalhos no mês passado para aterrar a lagoa e construir uma estação de tratamento de esgoto, através de uma empresa contratada. O serviço foi autorizado pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), órgão ambiental responsável pela licença, já que se configura como obra de utilidade pública.
Os moradores relatam que a lagoa já teve jacarés, muitos caranguejos e peixes. Ela ainda é usada por algumas pessoas que pescam no local e praticam atividades esportivas, como o stand up paddle. Com o aterramento, eles temem possíveis impactos ambientais na área, a exemplo de enchentes em períodos de chuva. A comunidade relata ainda que a empresa estaria usando a água da própria lagoa para a obra.
“Nossa manifestação é pela vida, para que amanhã a gente não tenha inundações piores nesse bairro porque estão acabando com todas as lagoas. Isso é crime. A gente condena esse licenciamento, porque esses órgãos não defendem mais o meio ambiente, e sim obras da secretaria do Estado. Estivemos no Ministério Público, Adema, Sema, e agora pedimos a Justiça que interrompa”, disse o morador Stoessel Chagas à TV Atalaia.
Segundo a Adema, a lagoa é artificial - que enche através da chuva -, sem conexão com o rio Poxim, e apenas um terço da área será aterrado. A supressão da vegetação nativa foi autorizada e a Deso deve compensar a perda da área da obra, que está sendo fiscalizada de acordo com o órgão. Ainda segundo a Adema, é possível fazer alterações na obra para diminuir os impactos ambientais, que é preocupação da administração.
“Esse aterro é algo de importância para a envergadura do trabalho que está sendo feito pela Deso. Toda a licença foi expedida dentro dos mais altos padrões no que se refere à legislação ambiental e florestal. Em toda obra há impactos ambientais, mas o aterro não pode ser feito de qualquer forma, tanto é que o órgão ambiental está atento a isso, quase diariamente fazendo acompanhamento”, afirmou o diretor, Gilvan Dias, em entrevista à TV.
Ainda de acordo com Gilvan Dias, a obra é importante para a região. “Os moradores nesse momento só estão vendo esse primeiro projeto em execução e ficam temerários por não ter resposta em relação à macrodrenagem. Mas é um passo após outro, a gente quer garantir que a obra está sendo acompanhada com muito cuidado”.
F5 News tentou contato com a Deso, mas não obteve resposta até a publicação desta notícia.


Falta de acesso à habitação persiste e desafia efetivação da cidadania

Testagem ocorre a partir das 8h, na área externa da UBS Carlos Hardmam.

Os contratos terão duração de até um ano, com possibilidade de prorrogação

Homem foi flagrado pelas câmeras de segurança do Ciosp levando uma porta

Secretária Mércia Feitosa lembra necessidade de reduzir ocupação de leitos