Morre, aos 60 anos, o artista plástico José Fernandes, em Aracaju
Ele havia vencido a covid-19, ia receber alta médica, quando sofreu parada cardíaca
Cotidiano | Por F5News 12/07/2020 17h52 - Atualizado em 12/07/2020 19h19

O artista plástico José Fernandes morreu na tarde deste domingo (12), aos 60 anos, vítima de parada cardiorrespiratória, provocada por complicações decorrentes da Covid-19. Após 50 dias de internamento no Hospital Cirurgia, José Fernandes faleceu depois de enfrentar o coronavírus. Nos últimos dias, o artista plástico havia apresentado melhora, depois de ter diagnosticada a cura da doença. Entretanto, sofreu uma parada cardiorrespiratória na tarde de sábado e outra na tarde de domingo, que levou à sua morte.

Nascido em Lagarto, em 19 de outubro de 1959, José Fernandes foi influenciado por grandes nomes do cenário das artes plásticas de Sergipe a ingressar no movimento artístico. Detentor de um olhar diferenciado para a beleza da mulher, cenários bucólicos, animais e natureza, sincretismo religioso e recentemente para o abstrato, ele alcançou fama internacional com sua arte, fazendo exposições por todo o Brasil e Europa. Temas da cultura regional e as pessoas também foram retratadas no traço forte de seu pincel e cores vivas de sua aquarela. Brasil e mundo possuem telas e painéis do artista plástico de maior fama do estado dos últimos 30 anos, ao lado de Jenner Augusto e J. Inácio. 

De acordo com familiares, Zé Fernandes havia vencido a covid-19 e estava em vias de receber alta médica, quando sofreu as paradas cardíacas e faleceu. Personalidades e amigos lamentaram a morte do artista plástico.

“Sua arte se perpetua pelo tempo e isso o leva para a imortalidade. Onde tiver uma tela, painel, ou qualquer rabisco que ele tenha feito, lá Zé Fernandes estará vivo. Meus sentimentos à família e a todo povo sergipano pela perda desse grande artista”, afirmou o deputado federal Laércio Oliveira, nas redes sociais, postando a foto de uma tela do artista que ornamenta sua casa.

“E hoje o mundo das artes plásticas ficou menos colorido, sem um dos seus maiores nomes da história. Foi com um profundo pesar que recebi a notícia da morte de José Fernandes Alves dos Santos, o Zé Fernandes. Além de pintor reconhecido e premiado pelo país, com obras presentes em coleções por todo o mundo, Zé Fernandes era professor de artes e produtor cultural”, lamentou o governador do estado, Belivaldo Chagas.
 

“Perdi meu pai há 20 anos, como todos sabem. Entretanto, a vida me deixou um segundo. Meu pai Cordeiro evoluiu para Anjo da Guarda e deixou um amigo chamado Zé pra me orientar, cuidar e dar muita bronca. Ser amigo de Zé Fernandes era um motivo de muito orgulho, tal qual era ser chamado de "filho". O traço forte de sua arte ficou marcado na vida dos sergipanos e de muitas pessoas. Seu jeito cativante era marca registrada para o bem-querer que todos lhe tinham. Grandalhão, desengonçado, estouvado às vezes, mas uma alma doce, nobre e leal, esse é o Zé de quem vamos nos lembrar”, disse o jornalista Marcio Rocha.

A família ainda não informou detalhes sobre o sepultamento de José Fernandes, que deixa esposa, dois filhos e três netos.

 

Edição de texto: Monica Pintosh
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