Motoristas lotam postos com medo de desabastecimento em Aracaju
Sindicato dos distribuidores diz que estoque de combustível pode acabar nesta sexta
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 24/05/2018 11h30 - Atualizado em 24/05/2018 13h21

Filas quilométricas tomam conta dos postos de combustíveis em Aracaju desde o início da manhã desta quinta-feira (24). A corrida contra o tempo dos condutores é reflexo do temor dos postos ficarem desabastecidos devido à paralisação dos caminhoneiros em diversos estados do país.

A reportagem do F5 News percorreu avenidas da capital sergipana e se deparou com pelo menos três postos bastante movimentados. Em um posto do conjunto Orlando Dantas, no bairro São Conrado, zona Sul, os condutores formaram filas para tentar abastecer.

Também foi registrado movimento em um posto da Avenida Heráclito Rollemberg, que anunciou promoção nos preços do litro da gasolina, do etanol e do diesel. A situação mais complicada foi notada em um posto da Avenida Hermes Fontes, uma das mais movimentadas da região Sul. A fila causou congestionamento nas vias que dão acesso ao posto.

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Em Sergipe, a paralisação dos caminhoneiros, iniciada nesta segunda-feira (21), tem mobilizações em várias rodovias federais e estaduais, em protesto contra os sucessivos aumentos de preço do óleo diesel. Conforme F5 News apurou, a greve também já afetou o abastecimento em postos do interior do estado, como municípios de Aquidabã e Itabaiana. Nas duas cidades e em Boquim, também há filas para abastecer.

A diretoria do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese) prevê que os postos fiquem sem o abastecimento já na próxima sexta-feira (25), caso a paralisação permaneça.

Apesar de se solidarizar com o movimento dos caminhoneiros, o Sindpese afirma que a situação reflete negativamente, contribui para que o revendedor de combustíveis tenha mais dificuldade e vê com preocupação a sobrevivência do segmento. “A situação dos postos é calamitosa. Já tivemos nos últimos 12 meses em torno de oito postos com as atividades encerradas e prevemos inclusive que esse número aumente”, ressaltou o secretário executivo do Sindpese, Wenderson Wanzeller.

Ainda segundo o secretário, os revendedores não são culpados pelos aumentos dos preços, já que também têm sofrido na pele com os sucessivos aumentos do preço do combustível. “Desde 1º de julho de 2017, a Petrobras passou a divulgar a variação do preço. Já tivemos uma elevação em torno de 43%. O Governo Federal disse que a Petrobras teve no último trimestre o melhor resultado desde 2013, um lucro de 6,9 bilhões de reais. Quem está pagando essa conta senão o consumidor, o caminhoneiro, o próprio revendedor, quando não repassa na integralidade esses aumentos com medo de fechar as atividades?", completou Wanzeller.

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