Movimento LGBTT cobra da SSP/SE reforço do enfrentamento à violência de gênero
Em quase um ano delegacia especializada registra 23 casos de LGBTfobia
Cotidiano | Por Fernanda Araujo 22/10/2018 15h10 - Atualizado em 22/10/2018 15h22

Ativistas do Movimento LGBTTs voltaram a cobrar da Secretaria de Segurança Pública reforço para o enfrentamento à violência de gênero no estado de Sergipe. O grupo exige atendimento policial especializado ao público vulnerável e celeridade nas investigações de crimes de gênero.

A ativista Linda Brasil afirma que é preciso intensificar o policiamento em áreas onde há maior fluxo desse grupo, além de qualificar as delegacias para atendimento especializado contra a violência de gênero.

“Estamos pedindo intensificação da segurança, principalmente nesse momento de discurso de ódio, não só para transexuais, mas para todas as prostitutas que precisam trabalhar por sobrevivência. Que venham meios alternativos de que isso não aconteça, que intensifique não só a DAGV, como a plantonista porque 80% dos casos nas delegacias plantonistas no estado são  ligados a grupos vulneráveis, mulheres, LGBTs e negros”, disse Linda Brasil à TV Atalaia.

Em Sergipe a delegacia especializada para o combate à violência contra a comunidade LGBTTs existe há quase um ano, apenas. Até então, na capital, apenas o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) – que funciona apenas em horário comercial – recebia os casos de homofobia. Já no interior do estado, são as delegacias distritais que apuram as denúncias.

“Não existe local mais adequado do que o DAGV. Sendo plantonista e por ser no Centro da cidade, daria maior oportunidade às pessoas para fazer denúncias e a área ficaria mais segura e inibiria essas práticas de violência”, completou a ativista.

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Desde que a Delegacia de Combate à Homofobia foi instalada em novembro do ano passado, houve dez agressões verbais (entre injúria e difamação), seis lesões corporais e sete ameaças que culminaram em 19 Termos Circunstanciados e cinco inquéritos policiais.

Segundo dados da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (Adhons), em Sergipe já foram registrados este ano quatro homicídios de LGBTTs.

O atendimento policial especializado foi discutido em reunião à portas fechadas com a cúpula da SSP e da Polícia Militar, nesta segunda-feira (22). “Existe essa necessidade de atendimento diferenciado, vamos contextualizar toda essa situação para que seja implementado o mais rápido possível. Está sendo analisado de forma detalhada pelo secretário. Acredito que com a nova contratação de delegados e policiais, vai ter atendimento especializado em todo o estado”, disse a delegada do DAGV, Meire Mansuet.

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