Movimento minimalista traz reflexão sobre a sociedade de consumo
Minimalismo não exclui o consumo no geral, apenas aquisições exageradas Cotidiano | Por Victória Valverde* 26/01/2019 08h30Em tempos de mídias sociais e estratégias de marketing cada vez mais sutis e eficazes, cresce a vontade de ter e comprar itens materiais, que pode ser irresistível. Andando na contramão dessa realidade, o movimento minimalista promove um estilo de vida só com o essencial.
Graças ao documentário “Minimalism” e à série “Ordem na casa” (ambos da Netflix), várias pessoas encontram no minimalismo uma ferramenta que as ajudam a quebrar o ciclo do consumo exacerbado.
O minimalismo não exclui o consumo no geral, apenas o compulsório. O movimento é sobre manter o que é útil e cortar os excessos. Vale lembrar que o que é essencial para uns não o é para outros, portanto inexistem regras, o importante é exercitar o pensamento crítico sobre a compra de bens materiais.
Desapego
Um armário lotado e a sensação de não ter nada para usar. Essa é a realidade de muitas pessoas e era a da estudante aracajuana Nataly Silva, de 17 anos.
Nataly relatou que era bastante consumista e chegava a comprar roupas e calçados todo os meses. Após entrar em contato com o minimalismo por intermédio de vídeos no Youtube e do documentário da Netflix, a estudante começou a refletir e mudar suas atitudes.
“Na minha casa só entram coisas que eu realmente vou usar. Tem tanta gente que não tem nada e quando eu comecei a praticar o minimalismo tive mais gratidão por tudo que já tenho. Ver outras pessoas felizes com as minhas doações também me deixa muito feliz”, relata a estudante, que diz também ter economizado muito dinheiro com o novo estilo de vida.
Outra a descobrir o prazer do desapego foi a secretária Gilvanete Vieira, 54 anos. Por se mudar muito, ela já sentia a necessidade de ter menos coisas. Ao conhecer o minimalismo pelas redes sociais há um ano, tudo se encaixou.
“Comecei com o minimalismo através das roupas, doando e vendendo várias. O que aprendi é que não precisamos de muitas peças para nos sentirmos lindas e felizes. Outras mudanças que me ajudaram foi passar pela transição capilar (deixar os cabelos totalmente ao natural), o que me fez comprar menos produtos, e virar vegetariana, já que como de forma simples”, comenta Gilvanete.
Para a secretária, ao decidir possuir poucas coisas, além de economizar dinheiro, ela percebeu que ficou mais fácil arrumar a sua casa e valorizar tudo que tem.
*Estagiária sob a orientação da jornalista Monica Pinto.


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